sábado, 28 de julho de 2018

Caranguejo

Quando você senta para fazer uma refeição e o cardápio te impulsiona a filosofar. O que foi servido? Caranguejo. Alguém, algum dia, teve a ideia de pegar aquele crustáceo não muito simpático, cheio de garras afiadas, que vive na lama, e experimentar. E hoje, não sei quanto tempo depois, o animal tem que ser defendido por uma lei que proíbe a captura predatória no período de reprodução, a fim de que as espécies sejam preservadas, ou seja, o caranguejo caiu no gosto popular. No Nordeste, é um dos pratos mais consumidos, principalmente para acompanhar a cervejinha que ajuda a melhorar o calor do verão. 

Não é tão simples comer caranguejo. Há técnicas para a captura, transporte, limpeza, cozimento e até para saborear a carne. Eu não tenho muita habilidade, mas certamente a desenvolveria se fosse um dos meus pratos favoritos (o que não é o caso). E enquanto eu ouvia cuidadosamente as explicações da minha amiga sobre o preparo da refeição e as instruções sobre como quebrar a carapaça do bichinho, fiquei pensando que esta dificuldade pode nos afastar dos caranguejos. E das pessoas também. Aquelas que não são muito simpáticas, que estão escondidas embaixo de uma carapaça, vivendo na lama, também podem nos surpreender positivamente. Por que não acreditar neste potencial também?

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Fico assim sem você

" Tô louca para te ver chegar
Tô louca para te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração..."



Estou em uma fase de ouvir rádio e deixar as músicas em mp3 ou as playlists do Soptify para os momentos de comerciais (às vezes eu escuto) ou quando nenhuma das estações que costumo ouvir está tocando uma música  que eu gosto (acontece...). E na semana que começou com mais um motivo para não esquecer, a canção veio reforçar a lembrança de que "o meu desejo não tem fim", que "eu conto as horas para poder te ver" e que "a solidão é meu pior castigo". 

quinta-feira, 26 de julho de 2018

"Tentei esquecer tudo que me lembra você"

Esta canção quando foi lançada "tocou até enjoar" e depois saiu da programação das rádios. Ela não faz parte da minha playlist, mas hoje estes versos me mostraram que pode fazer parte da trilha sonora da minha vida...



quarta-feira, 25 de julho de 2018

Dia do motorista

Motorista e pescador têm algo em comum: as histórias para contar! Eu nunca pesquei, mas dirijo. E tenho algumas histórias para contar neste Dia do Motorista. Todas são da época dos primeiros quilômetros. Escolhi três de muitas. Vamos exercitar a narração...

A primeira história é breve. Na verdade, nem é uma história. Um belo dia minha mão bateu em um comando do carro e uma luz azul apareceu no painel. Eu adoro a cor azul e achei aquilo lindo. Nem procurei saber onde eu tinha batido a mão, estava adorando... E achava que os outros motoristas também estavam. De repente todos começaram a sinalizar com luzes para mim e eu pensando que eram cumprimentos gentis no trânsito. Até que comecei a namorar e o namorado muito mais experiente no volante foi dirigir meu carro e perguntou qual a razão dos faróis altos. Desconhecimento, ignorância, inexperiência. Apenas estas as razões. Não fazia a menor ideia de que a luz azul era para indicar o farol alto e que estava cegando as pessoas no trânsito. Não eram cumprimentos, eram pedidos para que eu baixasse a luz. Ops!

A próxima história é também uma trapalhada. Depois de fazer o teste para tirar a carteira de motorista várias vezes eu ainda tinha trauma de estacionar quando era para fazer baliza. E foi assim que, completamente nervosa, levei horas para colocar o carro em uma vaga onde caberia uma carreta. O pensar que não seria capaz travava minhas ações. O episódio foi em um shopping e as buzinas impacientes me deixavam mais nervosa e a coisa não andava. Por sorte (ou não) estava acompanhada de uma amiga que aceitou pagar o mico de descer do carro e bancar a flanelinha. Vexame. 

E por fim, a contramão. Eu estava voltando para casa quando parei em um cruzamento. (Se você mora ou conhece Salvador, foi aquele do Hiperposto, saindo do posto). Uma moto estava na minha frente e quando o sinal abriu, eu o segui. Só que o piloto pegou a contramão em uma avenida super movimentada. Quando ele percebeu o que aconteceu, passou pelo canteiro central da avenida para a pista certa. Eu não podia fazer isso, nem espaço havia. Detalhe: eu tinha cinco meses de carteira. Fiquei desesperada quando vi os carros vindo na minha direção, mas de repente percebi que estavam diminuindo a velocidade. Pararam. A esta altura eu já tinha deixado o carro interromper de tão nervosa que eu fiquei. Um motorista desceu do carro e veio falar comigo. Perguntou o que aconteceu, se eu estava bem. Eu não sabia onde enfiar minha cara de tanta vergonha. Tentei ligar o carro mas tremia tanto que não conseguia. Ele, todo paciente, disse "nós já paramos o trânsito, pode se acalmar ou você não vai conseguir tirar o carro do lugar". Estas palavras me acalmaram instantaneamente. Liguei o carro, agradeci, manobrei e saí. Já em casa, pensei no que poderia ter acontecido e comecei a chorar. Na semana seguinte, passei novamente pelo mesmo trecho. Eu tinha a opção de fazer outro trajeto mas fiz questão de passar pelo mesmo lugar. Pensei "se eu não enfrentar vai se tornar um trauma". O sinal fechou novamente (é raro pegar ele aberto) e saí devagar, desta vez com um carro à frente. Peguei a pista certa, comemorei, gargalhei, estava feliz. Adeus, trauma. Tenho certeza de que enfrentar este medo e vencer colaborou e muito para que eu seja a motorista que sou hoje.

terça-feira, 24 de julho de 2018

O dia que não planejei ou como fiquei sabendo tudo sobre a vida de uma pessoa em duas horas

Eram quase quatro horas da manhã quando um cheiro estranho me fez acordar. Não conseguia identificar o que era, e não consegui voltar a dormir. O silêncio da madrugada torna todos os sons muito perceptíveis e assim eu ouvia uma espécie de estalo com uma certa frequência. Levantei e não demorei a descobrir que era a geladeira tentando ligar, mas sem êxito. A esta altura, a única coisa que eu podia fazer era esperar o dia clarear para adotar alguma providência. 

Pouco depois das seis da manhã eu já estava pedindo a amigos (os que sei que acordam cedo), via mensagens pelo WhatsApp, o contato de algum técnico de refrigeração. Um deles perguntou se eu não tinha nenhum seguro e eu lembrei que sim! Liguei para a seguradora residencial e solicitei o reparo. Fui informada que só havia horários disponíveis para agendamento na quinta-feira. Expliquei que era uma emergência, que a geladeira estava repleta de alimentos (se não fosse assim não teria graça) e que quando começasse a perder temperatura tudo estragaria. O conceito de emergência da seguradora é diferente do meu. O máximo que me ofereceram foi agendamento para amanhã. Ainda não satisfazia a minha necessidade, que era de atendimento imediato. 

Tentei a seguradora do automóvel e descobri que minha apólice não cobria reparo em eletrodomésticos. Já passam das sete horas da manhã. Decido não ir para a faculdade. De dentro da sala de aula eu certamente não resolveria o problema. Já passam alguns minutos das sete horas. Peço ajuda no grupo do condomínio do WhatsApp e dois vizinhos me indicam técnicos de refrigeração. Resolvo aguardar o horário comercial e pontualmente as oito eu mando mensagem para ambos. Resolvo pesquisar na internet um telefone de uma empresa especializada e encontro. Ligo para uma delas que anuncia que aceita todos os cartões (quem mais me salvaria com uma despesa extra não prevista no final do mês, além do crédito???).  Esta empresa me atende, explico a urgência para a atendente e menos de uma hora depois meu interfone tocava anunciando a chegada do técnico. Ele deu o mais grave dos diagnósticos: motor! 

A esta altura o WhatsApp já estava bombando de perguntas, palpites, sugestões, recomendações... Decidi fazer o serviço com a empresa mesmo com o "protesto" de alguns amigos que achavam melhor comprar uma geladeira nova. Eu não cogitei esta opção naquele momento. Nenhuma loja me entregaria o produto de imediato e geladeira não é algo que se guarde na bolsa e transporte facilmente, ou seja, o que resolveria meu problema era a substituição do motor (minha geladeira é antiga, tem motor ao invés de chip). Autorizei a execução do serviço e o técnico foi buscar as peças e material de trabalho. Voltou perto de meio-dia e terminou pouco depois das 14h. 

Em duas horas, ele me contou toda a vida dele - enquanto trabalhava. É de Recife, está morando em Salvador há quatro meses. A empresa tem filiais em todo o Nordeste, por isto ele também já trabalhou em Fortaleza e Natal. Contou-me que, em Fortaleza, a primeira coisa que viu ao desembarcar na cidade foi um assalto. Em Salvador, viu um assalto na porta de casa, mas não no primeiro dia. Na cidade natal, já estava morando sozinho. Dois meses depois que mudou para a Capital baiana precisou voltar às pressas para Recife porque a casa onde morava foi arrombada e vários pertences levados. Em Salvador, mora em um apartamento com outros três colegas (todos da mesma empresa) mas prefere ir morar sozinho porque os companheiros são muito bagunceiros. Já alugou um lugar para ficar mas ainda não se mudou porque não comprou geladeira, fogão nem televisão. A televisão era a prioridade na compra, mas aí o celular quebrou e ele já não sabe o que fazer. A futura vizinha quer que ele mude logo porque quer companhia. Afinal, "morreu um morador há menos de um mês e ela tem medo de fantasmas". 

Ainda fiquei sabendo que ele começou a trabalhar "muito novo" porque o pai mandava "para não ficar em casa sem fazer nada e pensando no que não presta". Tem um irmão e duas irmãs. Uma é solteira e farmacêutica. A outra é cassada e precisou abandonar a faculdade de Veterinária porque teve filhas gêmeas em uma primeira gravidez e outra com microcefalia (grave) na segunda gestação. Foi com o cunhado que ele aprendeu a fazer pão e trabalhou um tempo como padeiro. Depois, o cunhado mudou de profissão e ele também. Ajudante de caminhoneiro ( o cunhado), rodou Pernambuco de norte a sul e de leste a oeste. Providenciou a habilitação para dirigir caminhão mas não foi contratado. E seguiu em frente. Foi trabalhar na parte de açougue de uma grande rede de supermercados e ficou por aproximadamente um ano na empresa. 

Então, entrou para o ramo da refrigeração. Saiu da primeira empresa onde trabalhou porque foi assediado pelo chefe. Na empresa atual está ha mais de três anos. Neste período foi pai de uma menina que nasceu prematura (seis meses) e viveu apenas uma semana. Depois disto, o relacionamento com a mãe da menina terminou. E ele não sabe se quer filhos, acha muito complicado criar nos dias de hoje. 

O tempo ia passando, e mais confissões eu ouvia. Fiquei sabendo de um amigo dele que teve a perna amputada em um acidente de moto. A outra ocupante da moto, uma mulher, não sobreviveu. E foi assim que a esposa do rapaz ficou sabendo que ele tinha uma amante (a vítima fatal) mas perdoou e eles seguem juntos. O técnico de refrigeração não perdoaria uma traição...

Apesar de já ter sido padeiro, ele não gosta muito de pão. Prefere cuscuz, não troca por nada. E sabe fazer cuscuz. E pão também "de todos os tipos". E sabe fazer o "bolo de rolo" tão famoso da terra natal. Em Salvador, não teve coragem de comer o quitute mais conhecido da Capital da Bahia: o acarajé. Motivo? Medo de ter camarão na massa. Ele é alérgico. E se tiver que ir tomar remédio na veia no hospital vai ser um problema porque ele "morre de medo de injeção". 

Torcedor do Náutico, também gosta do Carnaval de Pernambuco,  mas quer conhecer o de Salvador porque "dizem que é maravilhoso". Gosta muito de relógios e ficou muito chateado porque as pessoas que invadiram a casa onde morava em Recife levarem três modelos de relógio que ele gosta muito. Levaram também as "roupas de marca", a televisão e o ar-condicionado. Este último ele recuperou. Soube que estava na casa de um homem e foi lá falar com ele. A princípio, o rapaz não quis devolver porque pagou por ele, mas quando se ameaçou chamar a polícia... 

Sobre Salvador, ele acha algumas coisas mais caras e outras mais baratas que em Recife. Utiliza o aplicativo Waze para atender os chamados de visitas técnicas mas fica com medo de que os mapas o guiem para locais perigosos. Contou-me que foi a uma comunidade fazer um serviço e na saída da casa do cliente um homem apontou uma arma para ele e disse que estava quebrada e perguntou se ele consertava também. Como o homem riu, ele brincou também e saiu "o mais depressa possível". 

Talvez eu tenha este dom de deixar as pessoas bastante à vontade. Elas acabam me contando muitas coisas pessoais. Depois do técnico de refrigeração de hoje eu só desejei que se for algo natural em mim que assim permaneça para que seja muito útil na carreira de psicóloga. O papo estava ótimo mas ele terminou o trabalho. No final da contas, o serviço foi bem feito, a geladeira voltou a funcionar perfeitamente. Recomendo a empresa e o técnico. Passaram no meu controle de qualidade.


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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Os sete pecados capitais - episódio 5

A ira é a raiva descontrolada. O ódio, o rancor. É um sentimento socialmente condenável e por isto mesmo é difícil admitir que sentimos raiva. Entretanto, é importante sentir raiva. É importante admitir que está sentindo raiva e decidir o que você vai fazer com ela. São duas as possibilidades. Na primeira, você decide se deixar dominar pela raiva. E isto não necessariamente significa que você precisa ter atitudes como a de Michael Douglas no filme "Um dia de fúria" e transformar toda a raiva em agressividade física. Você pode usar a raiva para se automotivar, por exemplo. Na segunda possibilidade, é você quem domina a raiva. Respira fundo, conta até dez e o autocontrole entra em cena. Então, você racionaliza o sentimento. Isto pode ser bom, mas pode não ser também. Muitas vezes, quando algo não explode... implode! E guardar ressentimentos não é bom. 

Resumindo: todos os sentimentos são importantes. E isto inclui a raiva, a tristeza, e outros que consideramos ruins, negativos, inferiores. Não são. Eu não me permitia sentir raiva justamente por estas razões, mas ultimamente descobri que ajo muito "implodindo" a raiva dentro de mim. E aprendi também que posso transformar o sentimento ruim em bom, como expliquei no parágrafo anterior. A vida é um eterno aprendizado e eu realmente adoro as lições que ela me traz. 

domingo, 22 de julho de 2018

"Vai pra cima dele Esquadrão"

Eu não sou a favor da violência de nenhuma forma. Na última sexta-feira (20), parte da torcida do Bahia recebeu o time no aeroporto de Salvador com agressões verbais e físicas que se estenderam ao carro de um jogador (onde a família dele estava) a caminho de casa. A queda do rendimento do time motivou a saída do treinador Guto Ferreira mas desde a chegada do novo comandante, Enderson Moreira, nada mudou. Pelo contrário, passamos quatro jogos sem fazer um gol, perdemos o título regional do Nordeste, não saímos da zona de rebaixamento do Brasileirão e quase fomos eliminados na Copa do Brasil mesmo com a vantagem de 3x0 no jogo de ida contra o Vasco da Gama. Ainda assim, acredito que não há justificativas para o comportamento da torcida. Futebol é paixão e paixão às vezes provoca ira.... (a propósito, eu já ia esquecendo da minha série sobre pecados capitais e resolvi escrever sobre mais um deles para a postagem de amanhã... nada é por acaso, o tema é ira!). 

O episódio esteve na pauta de toda a mídia esportiva soteropolitana e nas redes sociais este final de semana. A maior parte das opiniões que eu li criticavam o comportamento do grupo de torcedores mais exaltados. Não me posicionei publicamente, mas como vocês já perceberam, também não concordo. O próximo compromisso do time era o clássico contra o Vitória hoje. Mandante do jogo, com torcida única e vindo de oito jogos sem perder para o principal adversário. Uma partida que se perder torna a crise praticamente irremediável e se ganhar ela vai embora de vez. Ganhou. E ganhou bem. O placar elástico (4x1) refletiu a superioridade em campo. E o melhor de tudo foi ver a raça, a dedicação, o comportamento que se espera de um jogador que veste a camisa do Esquadrão de Aço. O time soube transformar a raiva (pelas agressões) em motivação. Termina o clássico mantendo a invencibilidade (agora nove partidas), saindo da zona de rebaixamento e ultrapassando o principal adversário na classificação, voltando a marcar gols e fazendo as pazes com a apaixonada torcida. Que seja o retorno de uma fase de glórias que a nação tricolor tanto merece. 


sábado, 21 de julho de 2018

O livro!

Quando falei aqui sobre escrever um livro, desejei que o universo me mandasse um tema. Parece que ele me atendeu... Certa vez eu comprei um curso virtual no qual "conheci" pessoas de todo o Brasil. Fizemos um grupo no WhatsApp e nos falamos de vez em quando. Foi assim que hoje uma das meninas contou uma história de amor que parece roteiro de filme e eu perguntei (brincando) se ela deixava eu escrever o livro. E não é que ela levou a sério? Começamos a conversar no privado e vimos que é absolutamente possível. Agora é só esperar ela voltar para a ideia sair do papel, ou melhor, ser colocada no papel!!!! 

Meu lado racional fica desesperado gritando "mulher, deixa de loucura, sua rotina já é mais acelerada que carro de fórmula 1!!!!!".  Esquece, cérebro. Vou escutar meu coração. Qual o meu objetivo? Fama? Dinheiro? Não, nada disto. Meu objetivo é contar uma linda história e fazer a protagonista dela na vida real se emocionar a cada vez que relembrar os detalhes por meio da minha narrativa. E se mais alguém (além de nós duas) ler o livro e isso fizer esta pessoa acreditar ou não desistir do amor, sentirei que minha missão estará mais do que cumprida. 

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Dia do Amigo

Amigos são a família que a gente escolhe. Amigo é amigo quando a gente está bem e é mais amigo ainda quando a gente não está. Amigo incentiva, amigo puxa a orelha, amigo joga verdades na sua cara. Amigo ri com você, amigo ri de você, amigo chora com você ou enxuga as suas lágrimas na manga da camisa quando lhe oferece o ombro. Amizade é uma das formas mais verdadeiras de expressão do amor. E o amor supera qualquer barreira. Se não for assim, não é amor. 

Ao contrário do Roberto Carlos, eu não quero ter um milhão de amigos, mas não os desprezarei se eles surgirem, mas não é uma questão de quantidade e sim de qualidade. Aos meus (não muitos) amigos, a minha gratidão por todos os conselhos, broncas, aprendizados, gargalhadas.... É uma honra fazer parte da história de vocês e um privilégio que vocês façam parte da minha. 

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Toda forma de amor

Contando os dias para o show de Lulu Santos em Salvador relembrando um dos grandes sucessos da carreira do cantor. Admiro o trabalho de Lulu desde a minha infância e esta canção, sem dúvidas, é uma das minhas favoritas. Um hino.  Sinto-me representada. 




quarta-feira, 18 de julho de 2018

Rinite alérgica

Eu não sei o que é viver sem rinite alérgica. Ela aparece nas minhas mais remotas lembranças de infância. E nos relatos de minha mãe sobre a minha tenra infância também. É uma doença sem cura, mas que não mata e a gente aprende a conviver com ela. Um cheiro mais forte, uma mudança brusca de temperatura, aumento da umidade do ar, poeira... qualquer coisa é motivo para a danada dar as caras. E haja nariz entupido e coçando, respiração bucal, coriza...

Eu tinha o diagnóstico do "senso comum", mas resolvi procurar um médico para confirmar se era somente esta "ite" que me incomodava ou se tinha a sinusite também. Dos males, o menor. "Somente" a rinite alérgica. A médica fez um exame chato (tipo uma endoscopia nasal), depois me deu uma aula sobre como o processo acontece (adoro!) e as medidas que posso adotar para amenizar a situação (limpeza do ambiente, evitar animais que soltam muitos pelos etc). E então, para finalizar, a receita com os medicamentos. Eu disse a ela que iria tratar com homeopatia e ela falou que achava ótimo mas que não era para desprezar a alopatia. Não comprei os remédios. 

Por mais que a doutora diga que o corticóide é de uso tópico e não tem efeitos colaterais, eu não tenho boas recordações do uso da substância e só farei novamente se for absolutamente necessário. Eu nunca usei medicação para rinite e ela não está muito pior agora a ponto de justificar o início.... Já da homeopatia eu tenho boas lembranças. Passei dias em pleno inverno respirando pelo nariz quando fiz uso uma vez. Não estou incentivando ninguém a optar por este ou aquele tratamento, estou falando do que é melhor PARA MIM! A receita continua guardadinha porque sei que os efeitos serão mais rápidos que a homeopatia e, em caso de emergência, vou recorrer aos remédios tradicionais. Por enquanto, não. O que são alguns dias com rinite para quem sofre disso desde que nasceu?

terça-feira, 17 de julho de 2018

"É tetra! È tetra! È tetra! O Brasil é tetracampeão mundial de futeboool"

Os fogos anunciavam: 1994 começava. Eu tinha uma certeza inexplicável: naquele ano, o Brasil conquistaria o quarto título mundial no futebol. Claro que não tenho como provar que eu falei "este ano vamos ser tetra" logo nos primeiros minutos após a meia-noite. Minha única testemunha, minha mãe, não deve lembrar. E ainda que lembrasse, seria suspeita por ser minha mãe. E não foi uma previsão, uma premonição, foi um desejo muito forte de que isto se tornasse uma verdade. Esta é a questão que trago aqui novamente: a força da mente. Pode se aplicar a um título esportivo? Não sei. 

O fato é que a seleção chegou aos Estados Unidos desacreditada (sim, a Copa foi sediada em um país com pouca ou nenhuma tradição e paixão pelo futebol). A convocação foi contestada, como em todas as Copas. A escalação foi contestada, como em todas as Copas. As substituições foram contestadas, como em todas as Copas. A escolha do capitão do time foi contestada, como em todas as Copas. O Brasil daquele ano tinha um meio de campo pouco inspirado na criação das jogadas, mas bem arrumado defensivamente. Os jogos não foram fáceis, quase todos vencidos por placares mínimos. Brilhou a estrela de Romário, que fez a diferença em várias partidas. 

E naquele 17 de julho estávamos todos unidos em torno de um sonho prestes a ser realizado. Milhões de brasileiros com os olhos sem piscar na frente da televisão, acompanhando uma partida tensa. Uma final Brasil e Itália de baixa qualidade técnica e muita emoção. Sem gols no tempo normal. Sem gols na prorrogação. Só veríamos a rede balançar nas cobranças de pênaltis - a primeira e única Copa até aqui a ser decidida desta forma. A cobrança de Romário quase foi desperdiçada, mas não foi. Campeão também precisa contar com a sorte às vezes.... E chega a hora do craque do time italiano chutar contra o gol de Taffarel. O Brasil vencia por 3x2 e era a última cobrança da "Azzurra". Roberto Baggio, que levou a Itália tão longe naquela Copa, chuta para fora. O Brasil era tetracampeão mundial de futebol. Um título depois de 24 anos. 

O tetra me ensinou muita coisa. Lições que carrego para a vida. Naquela final aprendi que devemos acreditar que é possível e persistir até o último instante. Aprendi também que podemos errar. Todos, sem exceção. Ninguém imaginava que Baggio perdesse a cobrança, mas ele perdeu. O lidar com este erro é o xis da questão. Vivemos em uma sociedade que nos cobra a perfeição o tempo inteiro. Nossos erros são julgados, são punidos, não são perdoados. Baggio é lembrado muito mais por este único erro do que por todos os acertos naquela Copa. E a Itália não estaria na final sem ele. E aprendi também que quando acontece algo para lhe deixar triste (a morte de Ayrton Senna) a vida se encarrega de compensar (o título do futebol). 

Abaixo o vídeo da cobrança de Roberto Baggio, com a folclórica narração de Galvão Bueno e a marcante cena da comemoração emocionada com Pelé e Arnaldo César Coelho. 



segunda-feira, 16 de julho de 2018

O conector está desconectado

Sabe quando você começa a rir sem parar de uma coisa absolutamente boba? Acabou de acontecer comigo. Ligo o computador para escrever a postagem do dia e desencaixo o fone de ouvido. Resultado, a máquina me mostra a mensagem "o conector foi desconectado". O que há de engraçado nisto? Nada, Uma pequena redundância, talvez, que não justifica. Depois de cinco minutos rindo sem parar, eu chego à conclusão de que não havia nada engraçado... Só que a sensação de bem estar que o riso traz é maravilhosa. Acho válido de vez em quando rir de bobagens, faz um bem enorme. 

Lembrei de quando eu estava dirigindo com o Waze ligado e a rota mandou que eu pegasse a quinta avenida do "cab". O que há de engraçado? O Governo da Bahia concentra a maior parte da estrutura estatal (órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário) em uma única localidade: o Centro Administrativo da Bahia. Construído na década de 1970, rapidamente o Centro ganhou uma sigla - pela qual o conhecemos hoje: CAB. Sendo brasileiro, você leria CAB (com a pronúncia como "cabe"). Certíssimo. Só que a voz do Waze não sabe disso e lia "cab" com a pronúncia em inglês (algo como "queb"). Foi o suficiente para despertar outra crise de riso ouvir a indicação da rota. 

Claro que rir demais às vezes pode ser sinal de desespero, nervosismo... Nestes casos, acho que é preciso uma atenção um pouco maior porque pode indicar algum problema um pouco mais sério. Caso contrário, como na frase "o conector está conectado" ou "o conector foi desconectado" o único problema seria (e de fato aconteceu) esquecer qual era o tema original da postagem. Certamente não seria nada muito criativo, não ando em uma fase inspirada. 

domingo, 15 de julho de 2018

Como escolher uma postagem para uma noite de domingo.

Aquele dia em que você pensa em escrever sobre o "Dia do Homem", do quão comercial (e desnecessária na minha opinião) é a data... e desiste! Então, vem a final da Copa do Mundo, a França vence a surpreendente Croácia por 4 x 2 e conquista o seguindo título mundial. A seleção francesa é formada quase que exclusivamente por jogadores descendentes de imigrantes africanos. Pronto, eis uma tema para a postagem... mas todo mundo já escreveu sobre isso. Desisto novamente. 

Sem ideias, vou para a cozinha. A meta: fazer um bolo de fubá com goiabada. Eu já fui muito boa em fazer bolos, a massa sempre ficava fofinha, macia, saborosa. Acontece que, em algum momento, eu desaprendi. Hoje a cada dez bolos que eu faço, nove saem intragáveis e um sai de regular para ruim. Não foi diferente com o bolo de fubá. Assou corretamente, não solou, mas foi uma das piores coisas que o meu paladar já experimentou. O resultado foi tão frustrante para quem estava desejando comer o bolo de fubá com goiabada que eu pensei em pendurar as chuteiras, digo, as colheres. 

Só que o bolo não foi a única coisa que eu fiz na cozinha! Não estou falando da bagunça (usual) mas do prato salgado que eu fiz: uma quiabada (para quem não sabe, é uma espécie de ensopado de carne com quiabo e camarão seco - tem quem coloque carne seca e calabresa, mas eu não gosto). Esta sim, ficou sensacional. Bem temperada, com aroma e sabor muito agradável. E assim eu "ganhei" o meu tema de postagem: você não precisa ser bom em tudo, você não precisa acertar sempre. Você precisa é se dedicar sempre, é oferecer o seu melhor sempre. Se algo não está bom, olhe para o lado. Pode haver uma maravilha a ser apreciada e você nem se deu conta. 

sábado, 14 de julho de 2018

Queda da Bastilha

Há exatos 229 anos, o episódio central da Revolução Francesa acontecia: a Tomada da Bastilha. A Revolução Francesa tem tamanha importância para a história da humanidade que marca o início de uma era ou fase, a Idade Contemporânea. O propósito de trazer esta informação para o blog não é trazer uma aula de História e concorrer com sites especializados, mas sim lembrar um fato no mínimo curioso. No primeiro semestre do meu primeiro curso universitário, algumas colegas mais próximas vieram me parabenizar pelo aniversário (no dia útil seguinte, porque meu aniversário é feriado). Uma outra colega viu, veio me dar um abraço também e disse "o meu aniversário é 14 de julho, você nunca mais vai esquecer porque é o dia da Tomada da Bastilha". 

Esta não foi uma data que decorei para fazer prova na escola, mas nunca saiu da minha cabeça depois que ela falou para eu não esquecer. E todos os anos eu lembrava "14 de julho, aniversário de Mariana e dia da Tomada da Bastilha". Foi assim mesmo no período em que perdemos o contato (depois vieram Orkut, Facebook, Instagram, WhatsApp e conseguimos ter um pouco mais de aproximação mesmo ela morando fora do Brasil). Eu sempre tive uma boa memória, mas não sei se eu nunca mais esqueci porque ela falou para eu nunca esquecer ou se foi pela associação com o fato histórico... Seja lá qual for a razão, lá se vão 23 anos sem que em nenhum deles eu esquecesse o aniversário dela. Feliz aniversário, Mariana!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Sexta-feira 13

Se alguma dia eu fui supersticiosa, isto acabou em uma sexta-feira 13 lá da adolescência. A Matemática e eu nunca fomos amigas íntimas, alguns assuntos eu tinha mais facilidade e outros nem tanto, mas nunca fui reprovada. E o que a Matemática tem a ver com a sexta-feira 13? Era uma sexta-feira 13 quando eu estava a caminho da escola para fazer uma prova de Matemática e um gato preto cruzou meu caminho... Não satisfeito em apenas passar por mim, ele parou, ficou me olhando por alguns instantes, acompanhou alguns dos meus passos e seguiu. 

Detalhe: foi a primeira vez que vi um gato preto na vida. Cheguei ao colégio, fiz a prova e quando o professor divulgou a nota... Oito!!! Não dá para ficar alimentando superstição assim.... Sorte? Azar? Depende do que vem depois... (já contei essa história aqui). Na cultura americana, o número 13 geralmente não aparece. Há quem diga que é superstição, há quem diga é marketing. Não tenho nada contra o número 13, não tenho nada contra a sexta-feira 13. Acredito que nossos pensamentos é que atraem a "sorte" ou o "azar" neste caso. 

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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Neyboy

A Copa do Mundo se despede da Rússia no próximo domingo. Uma competição com muitas polêmicas, seja por comemorações de gols com mensagens políticas, pelo uso (ou não) do árbitro de vídeo ou pelas atuações do jogador brasileiro Neymar. E entenda aqui atuações em um sentido amplo, justamente o da polêmica. Acusado de supervalorizar e/ou inventar faltas sofridas em campo desde o começo da carreira, agora Neymar sai da Copa com uma imagem bastante desgastada neste sentido.

A repercussão é bastante negativa. Críticas da imprensa, de colegas do futebol (atletas e dirigentes), do público em geral. Estrela de muitos memes e piadas na internet - como os vídeos onde crianças estão brincando com a bola e alguém grita "Neymar" e todas se jogam no chão simulando uma falta/contusão. E hoje, um lançamento que chega para integrar esta lista (que talvez esteja longe de terminar): um game onde o objetivo é manter o jogador em pé! 

O jogo é online e quem quiser conferir basta clicar aqui. Jogos eletrônicos nunca foram meu forte e meu desempenho com o "neyboy" (é este o nome do game) foi pífio. Muito mais vergonhoso que tomar 7x1 da Alemanha em pleno Mineirão sediando uma Copa do Mundo. Melhor nem dizer mais nada.... Sim, eu testei o jogo. Vocês esperavam algo além disto?

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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Vício eletrônico

Em uma conversa com um desconhecido hoje ele me disse: a gente anda com a cara enfiada nas telas de celulares, tablets, computadores, e não percebe o que acontece a nossa volta. Eu concordo absolutamente com esta afirmação e consigo me recordar de inúmeras vezes em que ela saiu da minha boca, mas hoje senti diferente. Minha reação foi um profundo suspiro. A razão? Percebi de imediato que há algum tempo eu não repetia esta frase. E a razão é muito simples: andei com a cara enfiada na tela do celular e do computador e não percebi o que acontecia à minha volta: eu fui capturada pelo vício eletrônico, sobretudo pelas redes sociais e comunicadores instantâneos. 

Eu sei que já falei por aqui que o celular é um ladrão de tempo, mas até hoje não tinha "caído a ficha" de que a dose estava exagerada. Eu carregava a bateria a cada 24 horas e era o suficiente. Hoje, há dias em que em 24 horas a bateria precisou de três recargas - tamanha a utilização do aparelho. O lado bom de ter a consciência de que a coisa está ficando séria é poder retomar o controle da situação. E o lado bom de ter uma mente analítica é que as estratégias para minimizar esta dependência aparecem quase instantaneamente, arrumadinhas como um ckeck-list. Vou compartilhar porque pode ser útil para alguém que esteja passando por algo parecido mas repito que ainda não testei.

  1. Estabelecer (e cumprir) horários para a checagem do Facebook e Instagram (nem lembro que tenho Twitter) e o tempo que dispensarei para esta atividade. 
  2. Retomar o hábito da leitura como passatempo
  3. Não levar o celular para o restaurante na hora do almoço
  4. Não levar o carregador para o trabalho (vai me forçar a economizar a bateria)
  5. Optar por ouvir músicas diretamente do rádio enquanto estiver no trânsito para reduzir o uso do Spotify. 

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terça-feira, 10 de julho de 2018

10 de julho

Difícil encontrar quem não goste, mas tem. 
Versátil, pode ser popular ou erudita.
Normalmente alegra os ambientes quando chega


Não estou falando de mim, estou falando dela...


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Quando acaba em pizza a gente gosta, aceita ou tolera. Seja qual for o assunto. 
Pizza não "engorda" se consumida com moderação.
Nada em excesso ou escassez é bom. 
Um brinde ao equilíbrio!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

"E eu que pensei que sabia tudo, mas se é você eu não sei nada"

Não guardei tuas cartas com letras de forma, guardei tuas mensagens no WhatsApp.
Não sei de que forma mesmo você foi embora.
Lembrei das rosas do inverno que mantêm no meu sorriso a esperança da primavera chegar. 
Talvez a canção tenha tocado na hora errada, talvez você não tenha ouvido por causa do temporal. 
Eu escuto a canção de madrugada. É a sua voz nos meus sonhos. Eu vejo você e até sinto sua mão - e ela me cai bem como uma luva. E vem a chuva e deixa tudo tão desigual....

Parece que quanto mais eu tento esquecer mais eu lembro. Está com você, universo. Faz o que tiver que ser feito. 




domingo, 8 de julho de 2018

Domingo de redes sociais movimentadas

Domingo de muita movimentação nas redes sociais. Uns lembram o passado e trazem a recordação do fatídico 8 de julho de 2014 - quando a seleção brasileira foi derrotada pela Alemanha pelo inesquecível placar de 7x1 em uma partida válida pelas semifinais da Copa do Mundo daquele ano. Detalhe: uma Copa disputada em território brasileiro. Para mim, o maior vexame não foi o placar, foi perceber nitidamente que a Alemanha "tirou o pé" para que o massacre não fosse ainda pior. 

Outros, preferiram falar de um vexame mais recente no futebol. O fato de, na véspera, o Bahia não conseguir vencer (em casa) o modesto time do Sampaio Correa e perder a oportunidade de sagrar-se bicampeão da Copa do Nordeste. Uma festa linda preparada, mais de 45 mil pessoas no estádio (entre elas eu!), recorde de público da Arena Fonte Nova, e uma decepção do tamanho da expectativa. 

Não foi apenas o futebol que movimentou as redes. Logo depois do almoço começou a "novela" jurídica-partidária que envolvia a soltura do ex-presidente Lula (preso desde abril). O "solta-prende" rendeu memes, discussões acaloradas e revelou uma série de juristas ocultos. No final, Lula continuou preso. Logicamente eu tenho a minha opinião sobre o assunto, mas não quero escrever textão hoje. Acho que se eu disser que sou esquerdista, feminista e a favor dos direitos humanos eu concedo as meias palavras para os bons entendedores. E elas bastam. 

O fato é que dos três assuntos que a sabedoria popular diz que não devemos discutir (política, religião e futebol), somente um não esteve (oficialmente) em pauta nas redes sociais neste domingo. 

sábado, 7 de julho de 2018

Escrito nas estrelas

A postagem de hoje não poderia ser outra, depois de uma semana em que expressões como "escrito nas estrelas" e "destino" apareceram tantas vezes para mim. E ontem, perto da hora em que fui vencida pelo sono, comecei a cantarolar a música sem nenhuma razão aparente... E tantas coisas se passaram pela minha cabeça com aqueles versos!

Além das justificativas que apresentei acima, há um outro motivo para a escolha de "Escrito nas Estrelas" por aqui: a interpretação única da Tetê Espíndola para a música e aquele jeito de "dance como se ninguém estivesse olhando". Acho que combina com meu estado de espírito atual. 


sexta-feira, 6 de julho de 2018

Segue o baile!

Ainda não foi desta vez a conquista do hexacampeonato mundial de futebol. O Brasil despede-se hoje da Copa nas quartas de final, após uma derrota por 2 x 1 para a seleção da Bélgica. Muito se falou e ainda vai se falar sobre esta partida, muitas vezes em busca de um culpado. Fernandinho, Neymar, Tite, a Fifa, as estrelas? Apesar da derrota, gostei da postura do selecionado de Tite. Buscou o empate até o apito final, não desistiu, não se entregou. Assim fica mais fácil digerir o resultado. A tristeza por não alcançar um objetivo nunca será maior do que a vergonha de não ter feito tudo o que podia. 


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Pensa em um título para esta postagem? Estou sem ideia

Hoje não tem textão, mal tem textinho na verdade. Sem muita ideia do que escrever por aqui, resolvi postar uma música. Pensei em alguma coisa motivacional, uma mensagem de otimismo para ajudar a entrar no clima para o jogo do Brasil amanhã. Pronto, boa ideia. Resolvido. E então, abro o Youtube e começo a escrever "música" na barra de pesquisa. Automaticamente ele traz minha última busca em relação ao tema (músicas em espanhol) e mais algumas sugestões. Entre elas, "músicas românticas em espanhol".  Meu olho foi direto nessa opção. Mensagem do universo?

Escolho, então, a opção "músicas românticas em espanhol". Com o sono já querendo me derrubar, olho daqui, olho dali e por uma fração de segundos penso em voltar à ideia original de uma canção motivacional... Não deu tempo, meu olho bateu em "Vivir sin aire". Há muito tempo não escutava esta música, que eu já conseguia compreender a letra antes mesmo de começar a estudar o idioma. Comecei a escutar e senti a melodia diferente desta vez. Algo mudou, agora os versos foram se entrelaçando a meus sentimentos e ganhando significado. Mensagem do universo!


quarta-feira, 4 de julho de 2018

Independence Day

Alguém me perguntou que dia é hoje e eu respondi que é dia 4 de julho. Automaticamente, a pessoa completou "Independência dos Estados Unidos". Eu não verbalizei, mas confesso que mentalmente também lembrei da data. Se meu pensamento fosse para as cordas vocais naquele instante, certamente eu teria continuado a frase da mesma forma que a minha interlocutora: "Independência dos Estados Unidos". Um episódio simples, mas que mostra que o "American way of life" (estilo de vida americano) não quebrou junto com a Bolsa de Valores em 1929. 

Um pequeno parêntese para falar sobre isto. No período entre a I e II Guerra Mundiais, com a Europa devastada e tentando se reerguer, os Estados Unidos se tornaram uma frande potência econômica. E o que aconteceu foi que o sucesso nas exportações norte americanas não foi apenas de produtos agrícolas e industrializados, mas também os culturais - amplamente consumidos. A ideologia impregnada na literatura e sobretudo no cinema e música estadunidenses é chamada de "American way of life" e consiste em apresentar a felicidade atrelada à aquisição de bens materiais. Qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência. Segue o texto.

Influenciadas pelos ideias de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa, as 13 colônias do norte pegaram em armas para lutar e conquistar a independência da metrópole Inglaterra. É sem dúvidas um episódio significativo na história mundial, sempre lembrado por Hollywood com ares épicos. Ao contrário dos brasileiros, que tendem a valorizar mais as coisas estrangeiras, os norte americanos têm uma autoestima de causar inveja - eles sempre salvam o mundo dos desastres em qualquer produção cinematográfica. Mártires da humanidade! 

Em uma busca rápida em sites especializados em cinema, encontrei algumas indicações que abordam a independência dos Estados Unidos. Como os títulos são os mesmos em todos os locais que olhei, acho que vale a pena conferir (ver ou rever). 

  • O Sol é para todos (1962)
  • O último dos moicanos (1992)
  • Independence day (1996)
  • O Patriota (2000)
  • A Duquesa (2008)

terça-feira, 3 de julho de 2018

O que as minhas plantas me ensinaram

Já expliquei aqui como as plantas se tornaram um hobby na minha vida e a primeira lição que aprendi com elas - a importância da observação. Se você está com muita preguiça ou pouco tempo para dar uma olhada no texto anterior, eu retomo o assunto: as plantas não pedem água, não dizem com palavras que gostam de ficar na sombra ou que adoram banho de sol. Você precisa observar, perceber, sentir, escutar as palavras não ditas. As plantas nos dão sinais. Elas murcham, secam a terra, jogam água para fora do vaso, inclinam-se na direção do sol, apresentam folhas viçosas ou desbotadas. Tudo isto para dizer "gosto deste lugar" ou "não estou feliz aqui" ou "isto não me faz bem". 

A segunda lição que aprendi com as minhas plantas veio de uma metáfora (lógico!!!!!). Há pessoas que também não conseguem se expressar com palavras. E não estou me referindo à alfabetização em um idioma. Refiro-me à alfabetização em sentimentos. Também já falei isto por aqui. Somos estimulados o tempo inteiro a pensar, mas não a sentir. Muita coisa mudou na minha vida quando descobri que também sinto. "Como assim, criatura???? É óbvio que você sente". Às vezes o óbvio não é tão óbvio assim e por mais paradoxal e confuso que seja acredito que o sentir também é racional. Não, não surtei. O sentir é muito além de experimentar sensações, é aceitar (racionalmente) o sentimento - principalmente quando ele é um daqueles socialmente condenáveis...

As plantas se parecem com os sentimentos também (outra metáfora, adoro!!!!). Se você não aprende a lidar com ele, se não o cultiva, o sentimento morre. Ouvi isto a vida inteira, mas hoje olhando para as minhas plantas eu percebi um detalhe pela primeira vez e um questionamento apareceu: se o sentimento é seu, cabe somente a você o cultivo? E qual a responsabilidade do outro?. Quando comparamos uma história de amor a uma planta, na verdade estamos nos referindo à relação, não ao sentimento. A relação sim é responsabilidade de mais de um, o sentimento não. Não vou detalhar minhas ideias agora para não fugir do tema e zerar minha redação (ops!).  

As minhas plantas também me ensinaram que não se muda a essência de ninguém. Uma delas, quando chegou aqui, era uma pequena muda com três folhas uma bem próxima à outra. Plantei a mudinha e sempre olhava para ver se ela estava se desenvolvendo. Nada acontecia. Não crescia um milímetro sequer. E então veio uma fase de (ainda mais) correria na minha rotina e durante um tempo que não sei precisar, eu regava as plantinhas no "modo automático", sem nem prestar atenção nelas. Voltando ao ritmo (frenético) normal, eu levei um baita susto quando vi que as três folhinhas já eram sete. Elas cresceram e eu não percebi. Cresceram quando elas quiseram, no tempo delas, não pela minha vontade e na hora que eu desejei. O tempo foi passando, e percebi que as folhas novas nasciam também próximas uma da outra. Ainda jardineira amadora, eu pensei: o vaso já está pequeno.. 

E as lições continuaram! Mudei-a para um vaso maior e resolvi plantar as folhas mais afastadas uma da outra. O que aconteceu? Começaram a nascer novas folhas em volta de cada uma das folhas que eu separei. Era um recado da natureza para mim "fica quieta aí no seu canto e não se mete com a gente não". As três folhinhas iniciais estão lá no centro do vaso, sendo aos poucos rodeada por outros conjuntinhos de três folhas com o dobro ou triplo do tamanho das pioneiras. É a essência dela ter as folhas assim, ela só vai mudar se ela quiser. E ela não quis nem quer. Cabe a mim respeitar. 

Da mesma forma quando colocamos algum pedaço de madeira ou outra coisa do tipo para "guiar" o crescimento da planta. "Cresça para cá, eu quero você aqui". Por mais que você mostre um caminho, é o seu caminho. Você pode apontar uma direção, mas a decisão só lhe cabe se os pés que vão percorrer o trajeto são os seus. E se as coisas não acontecem como a gente espera, é porque elas vão acontecer do jeito que precisam acontecer. E isto pode ser ótimo. Assim com as plantas, assim com as pessoas. 

E, por fim, a última das lições que minhas plantas me ensinaram (por ora) é a não desistir fácil das coisas. E nem das pessoas. Algumas das minhas plantas já morreram sim. Como eu disse anteriormente, a gente precisa aprender a cuidar delas e nem sempre dá tempo. Entretanto, muitas eu consegui "salvar" e hoje estão lindas. Foi assim que descobri como é prazeroso para mim ver o desenvolvimento da planta (e de uma pessoa também). E saber que fiz/faço parte do processo é uma satisfação que não tem dinheiro nenhum no mundo que pague. 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

"Com tiranos não combinam brasileiros corações"

"Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol, até o sol é brasileiro"

Dia de jogo da seleção brasileira pelas oitavas de final de Copa do Mundo da Rússia, mas o baiano não podia deixar de homenagear os heróis da independência. O início da comemoração foi antecipado mas as ruas não se esvaziaram, o que comprova que é possível sim torcer pelo futebol sem esquecer das lutas cívicas. O 2 de julho é uma data de importância singular para a história brasileira, mas apesar disto negligenciada e pouco valorizada - inclusive na Bahia, palco do episódio, quando se aceita a mudança do nome do aeroporto da Capital (que era 2 de julho) para homenagear um político cujo maior feito é ser descendente de um dos ícones do Coronelismo no Brasil. 

A independência do Brasil foi um grande "acordão" para a maioria do país. Entretanto, em alguns estados houve batalhas sangrentas pela liberdade antes mesmo da folclórica cena do Ypiranga. O brado retumbante de um povo heroico não foi ouvido às margens do rio paulista, mas nas províncias que continuaram sob o domínio português depois de 7 de setembro de 1822. Entre elas, a Bahia, que conseguiu expulsar definitivamente os lusitanos e retomar a Capital Salvador em 2 de julho de 1823. O episódio é crucial na consolidação da independência brasileira, visto que era um dos locais com maior foco de resistência dos europeus. Ainda assim, é uma história que não se conta. 

A história da minha Bahia me enche ainda mais de orgulho quando vejo duas mulheres como heroínas. A freira Joana Angélica, que tentou impedir a invasão de tropas portuguesas ao Convento da Lapa e foi assassinada, e Maria Quitéria (que se alistou escondida do pai e é comparada ao Duque de Caxias pela atuação militar). A Bahia da Revolta dos Alfaiates, movimento separatista tão importante quanto a Conjuração Mineira. A Bahia onde os portugueses aportaram em 1500. A Bahia que abrigou a primeira Capital da colônia. A Bahia que ajudou a consolidar a independência do Brasil. Dá licença, modéstia, mas eu tenho que comentar: Brasil, você não seria o que é sem a Bahia. 

Acho que nascer, crescer e morar na Bahia tem muita influência no meu modo de ser. E como eu sou feliz por isto. Ser baiana é um presente, ser de Salvador então... uma dádiva! 

Ah, antes que eu esqueça. Os versos que iniciam esta postagem são os primeiros do Hino ao 2 de julho, que também é hino estadual. Uma versão que gosto muito é a interpretação do Tatau (abaixo). O título da postagem também é um verso do hino, faz parte do refrão. 




domingo, 1 de julho de 2018

Mistérios misteriosos

Passei o dia hoje vendo alguns vídeos no Youtube sobre mistérios e segredos. Os temas foram: as estátuas da Ilha de Páscoa, as Pirâmides do Egito, o naufrágio do Titanic, pessoas que viajam no tempo. Assuntos que sempre me intrigaram. Gosto de mistérios, quebra-cabeças, desafios. Desde a minha infância é assim. Curiosa por essência, sempre quis saber a razão das coisas e nunca gostei de explicações do tipo "porque sim". Definitivamente, não! Preciso de argumentos lógicos e convincentes. 

Não me venha com história de que extraterrestres construíram as pirâmides dos faraós antes de esgotar todas as possibilidades de respostas com explicações terráqueas. Se você prefere acreditar nos extraterrestres não terá em mim uma inimiga nem uma adversária. Eu ouvirei a sua opinião, seus argumentos, analisarei se me convence ou não e apresentarei a minha visão do assunto. E não o farei com a intenção de lhe convencer de nada nem a nada, apenas para lhe mostrar outro ponto de vista (e para deixar claro o meu). 

Voltando aos vídeos, nenhum deles me convenceu verdadeiramente de que pessoas podem viajar do passado para o futuro e vice-versa. Encontrei alguns que defendem a possibilidade, outros que deixam a dúvida no ar, mas ainda não encontrei nenhum que refute a ideia. Claro que com isto já desenvolvi algumas ideias próprias a respeito, mas procurarei mais um pouco. Diversidade é sempre bem vinda!