sábado, 30 de junho de 2018

Ainda no clima da Copa

Há 16 anos, nesta data, estávamos comemorando a conquista da quinta estrela, da quinta Copa. É o jogo contra a Alemanha em mundiais que a gente gosta de lembrar, que gosta de rever os gols. A seleção não fez um pré-temporada das melhores, conquistou a vaga nas eliminatórias na última rodada e ficou em terceiro lugar.  Não chegou à Ásia como favorita - muito longe disto por sinal. Ah, mas a seleção cresceu durante a competição! E como cresceu! O time deu liga. O quarteto mágico (Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos e Rivaldo) encantava. 

Ronaldo mostrou que impossível é somente aquilo que a gente não deseja de verdade. Pouco antes da Copa sofreu uma grave contusão e (quase) todos apostavam que a participação dele no mundial não aconteceria pelo pouco tempo que havia para a recuperação. Eu acreditava, sempre acreditei. E ele estava lá, com um corte de cabelo controverso e apelidado de Cascão e jogando melhor a cada partida. Eleito, merecidamente, melhor jogador do mundo naquele ano. 

E como o momento saudosista bateu, vamos rever os dois gols da final contra a Alemanha. O primeiro deles mostra porque eu sempre admirei o fenômeno Ronaldo. 




sexta-feira, 29 de junho de 2018

A faxina no céu...

No dia em que os católicos reverenciam São Pedro, o "porteiro do céu" é o tema da minha postagem. E nem vou falar da "birra" que ele tem comigo e sempre mandar chuva quando lavo o carro, as janelas, a varanda...  São Pedro é um personagem importante de uma história de minha infância. Não sei se foi proposital ou não, mas minha mãe fez meu medo de tempestade desaparecer utilizando a minha imaginação. "Oi?! Explica isso melhor?" Sim, eu explico. Em uma dia em que o medo dos raios e trovões me paralisava, minha mãe me disse que eram os anjos fazendo faxina no céu.

Pronto. Eu só precisava deste pequeno estímulo. Perguntei se os trovões eram o barulho dos móveis sendo arrastados e ela respondeu afirmativamente. E os raios, mãe? "Aparecem quando os anjos travessos deixavam cair água no interruptor de luz". E São Pedro????? Era o chefe do departamento (risos). Ele que fazia o cronograma das limpezas! Começou a ficar tão divertido, que passei a imaginar o que acontecia no céu nos dias ensolarados também. Anjinhos modelando nuvens para que elas ganhassem formas de animais, montanhas, flores e o que mais minha imaginação mandasse. 

O tempo passou, a vida adulta chegou. As explicações científicas sobre o fenômeno meteorológico acabaram com a brincadeira de imaginar a faxina no céu. E a consciência sobre os transtornos e perigos de uma tempestade para uma cidade com tantas desigualdades sociais como Salvador me deixa com medo da tempestade em uma outra perspectiva.  

Ainda assim, tenho muita coisa da criança que eu fui preservada dentro de mim. Praticamente intacta, como alguns fósseis que os arqueólogos apresentam ao mundo de vez em quando. Muitas vezes de forma inconsciente eu faço o mesmo trabalho de escavação da alma e encontro relíquias. Outras vezes, de forma espontânea (com alguma erosão, por exemplo), os "fósseis" aparecem. (Parêntese: eu não existo sem metáforas!!!!!).  

Deve ser esta criança tão presente que faz a criatividade ser uma característica tão marcante da minha personalidade. 

quinta-feira, 28 de junho de 2018

"Pessoas desconfiam de gentileza"

Mais uma postagem inspirada na Copa do Mundo... Esta frase é de um brasileiro que doou ingressos para que um casal russo pudesse acompanhar uma partida da seleção canarinho na Copa. Um grupo de amigos brazucas comprou ingressos a mais para um dos jogos e decidiu doar os excedentes. Acreditem, eles tiveram dificuldades porque as pessoas não acreditavam na generosidade. Até que um casal aceitou... (vocês podem conhecer a história clicando aqui). 

E fica a pergunta. Por quê é tão difícil acreditar que o outro está sendo gentil e generoso de verdade? O mundo anda tão complicado, como diria Renato Russo, que estamos todos nos tornando os santos que desconfiam da esmola exagerada. 


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Quem disse que o futebol não pode trazer questões filosóficas?

"Maldição dos campeões". Não demorou muito a ser batizada a "coincidência" de o campeão de uma edição de uma Copa ser eliminado na fase de grupos da competição seguinte. Aconteceu com a França em 2002, com a Itália em 2010, com a Espanha em 2014 e agora com a Alemanha em 2018. O Brasil é uma exceção em 2006 mas tem seu "vexame" lá atrás, em 1966 (e vinha de um bicampeonato!!). Há alguns outros episódios na história, mas o que me interessa agora é questionar. Existe, de verdade, a "maldição"? Sendo assim, por que o Brasil interrompeu a sequência em 2006?

Meu propósito aqui não é discutir ciência, mas questionar como aceitamos facilmente algumas "verdades", ou como vamos construindo estas verdades com base em crenças frágeis que não se sustentam com argumentos. Será que o motivo para que o Brasil ficasse imune à suposta maldição não teria sido o fato justamente de não acreditar nela? Lembrei de um filme que traz um enredo com uma pergunta semelhante: A chave mestra. Nele, a protagonista só é atingida por uma "maldição" quando passa a acreditar nela. Embora traga uma visão distorcida do vodu, gosto da película por esta lição. Até que ponto nos deixamos influenciar por falsas verdades? 

Podemos estender este questionamento para a vida além dos campos de futebol. Olhando para o nosso próprio umbigo, por exemplo, quantas vezes passamos a acreditar em verdades que não são as nossas? Quantas vezes alimentamos crenças de que não somos capazes, não vamos conseguir, é assim mesmo? E não pensem que não há perigo também em pensamentos "positivos". Acreditar que "a Copa já é nossa" porque vencemos a edição passada e mantivemos o mesmo time e forma de jogar também pode não ser um bom caminho. Você sabe como foi a sua preparação, mas não sabe como foi a dos adversários. Amigo, tenha certeza, eles já o conhecem mais do que você mesmo. Vale para o futebol, vale para a vida. A regra é clara: seu pensamento transforma o (seu) mundo!.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Pipoca e guaraná

Amanhã tem jogo do Brasil pela Copa da Rússia. Terceiro jogo da fase de grupos, contra a Sérvia. Se minha vizinha repetir o ritual, vai ter cheiro de pipoca pela casa. Quem é que não gosta daquele aroma invadindo os cômodos como um convite para se jogar em um balde cheio das crocantes???? Eu!!!!!!!!!!! Não gosto de pipoca. Até consigo comer se ela estiver com zero sal e se não for de microondas, mas é bem provável que eu faça isto apenas se não tiver outra opção.

Falar da pipoca me lembrou um antigo comercial do Guaraná Antarctica que fez muito sucesso na década de 1990. Foi um período bom para a publicidade brasileira, sobretudo na segunda metade da década com a estabilização da economia trazida pelo Plano Real. Eu cursava publicidade nesta época e não perdia um intervalo comercial quando a televisão estava ligada. Sempre muito criativa, a publicidade brasileira conquista vários prêmios mundo afora. (Quando começarem a premiar os memes de internet vamos faturar muitas taças também hehehe).

Encontrei o comercial da pipoca com guaraná nesta sequência com outros anúncios igualmente fantásticos. Começa exatamente no segundo minuto do vídeo. Depois o anunciante fez uma versão com a pizza, mas acho o jingle (a música) da pipoca mais divertido e mais "chiclete".


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Saudades tão eternas quanto as suas canções.

Nove anos sem um dos artistas mais geniais que a humanidade conheceu. Ninguém foi tão completo, tão irreverente, tão polêmico, tão mágico, tão cativante, tão fenomenal. Não temos mais a sua presença física, Michael, mas a sua música é imortal. O que seria dos videoclipes e da música pop sem você? A melhor forma de lhe homenagear, sem dúvidas, é relembrar alguns dos clipes que mais gosto. Começando com aquele em que você também se rende à batida envolvente e única do Olodum - da minha Bahia - em They don't care about us.





Na sequência, Billy Jean, uma das suas canções que eu mais gosto:


E um dos clipes mais longos da história: Black or White. Alta computação gráfica -mais uma revolução (para a época).
 

Outro clipe genial (e longo) do eterno rei do pop: Remember the time


E, claro, o clipe que revolucionou a história da música: Thriller! Eu devia ter uns cinco ou seis anos  quando foi lançado e morria de medo dos zumbis, mas já tentava dançar a coreografia. Quem nunca?

domingo, 24 de junho de 2018

Não vamos calar!

Ontem, os principais portais de notícias de Salvador traziam como manchete um feminicídio. Uma jovem de 35 anos estrangulada pelo próprio marido, que a levou a uma Unidade de Pronto Atendimento e foi preso no local - a equipe de saúde desconfiou dele e acionou a polícia. Uma irmã da vítima contou a um dos portais que o marido tornou-se ciumento e violento de uma hora para outra e que esta não foi a primeira agressão. Entretanto, para ela, foi a última. Hoje, a violência contra a mulher volta a ganhar as manchetes dos portais de notícias. Desta vez, outra jovem, de 31 anos, foi estuprada e agredida pelo meio irmão. Quase um segundo feminicídio. 

Amanhã será outro caso de violência contra a mulher a ganhar os noticiários. E depois de amanhã, outro. Os números são alarmantes e ainda está muito longe o dia em que isso vai acabar. Ainda tem quem ache que o feminismo é "mimimi". Antes fosse. Só quem é mulher sabe como é lidar com este medo diariamente. E com a vergonha, a culpa, os julgamentos, a naturalização do absurdo. A violência é física, moral, psicológica, financeira. É muita luta ainda a enfrentar e vencer. 

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sábado, 23 de junho de 2018

Não é nada pessoal, João. Também não gosto das festas de Antônio e Pedro.

O baiano do Capital não se sente nordestino até chegar o São João. Aí é uma debandada geral para o interior do Estado, onde a festa é mais tradicional, ainda que o calendário não ajude muito e seja somente um final de semana  (o jogo do Brasil ontem ajudou a fazer um "feriadão"). São mesas fartas de muitas comidas típicas, ruas enfeitadas (em ano de Copa o verde e amarelo predominam), bombas, fogueira, muita bebida, paquera, quadrilhas que ainda lutam para manter a cultura viva, forró que já divide espaço com o dito sertanejo universitário. Roupas com padronagem xadrez, chapéu, botas de couro para dar um ar "country" a uma festa regional. 

O problema da generalização de qualquer coisa é que tem sempre alguém com sua individualidade. Eu sou baiana da capital, eu não me sinto nordestina... nem quando chega o São João! Gosto de algumas das comidas típicas, mas não aprecio em nada, absolutamente nada, a fogueira e as bombas. Acho que ficamos os cachorros e eu apavorados com os estouros dos fogos. Mais do que o barulho, o que me incomoda é o cheiro da fumaça e da pólvora. Também não sou muito fã de forró e acho a padronagem xadrez horrorosa. Licor não desce. Enfim, sem identificação. 

Certa vez, acho que em ano de Copa também, meus vizinhos resolveram acender uma fogueira na rua onde eu morava. Claro que a fogueira foi montada bem em frente à janela do meu quarto. Não teria graça se não fosse assim. Quando eu deitei para dormir, a fogueira ainda não estava acesa, mas no meio da noite acordei achando que tinha morrido e estava no inferno ou que a casa estava pegando fogo. Era um calor, uma claridade e um cheiro de fumaça absurdos. Eu mal podia respirar. Levei muito tempo para pegar no sono novamente e isto só foi possível porque neste dia São Pedro mandou uma chuva torrencial e não teve jeito de colocar fogo na madeira molhada.

Este ano fui a uma festa junina e achei bem divertido. Aquelas festas de Capital mesmo, em salão de festas de edifício (não pode ter bomba - meu nariz agradece), sem muita criança (quem mais insiste para que se quebrem as regras do condomínio), com hora marcada para baixar o som. Com muita cerveja e pouco licor (certo, para mim não faz diferença porque não gosto de bebidas alcoólicas). Algumas comidas típicas, mas também outras opções de cardápio. E todo mundo se divertindo assim mesmo porque o importante é aproveitar o momento. E eu até dancei forró e fiz parte da quadrilha... quem diria!!!! Nem eu acredito. Encontrei uma festa junina que é a minha cara. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Segundo jogo na Copa

Aquela imagem que sintetiza o sentimento de uma pátria de chuteiras. O choro do alívio de quem sofre a pressão de ser excelente o tempo inteiro. A camisa de Neymar é a mais pesada porque ele carrega uma responsabilidade imposta. Ele é o centro de uma teoria inexistente criada e sustentada pela mídia: a neymardependência da seleção. É um bom jogador, sem dúvidas, mas ainda acho que este endeusamento traz mais estragos do que benefícios ao rapaz. E este clique mostra um aspecto curioso. A solidão no momento adverso. Uma boa reflexão. 

Sobre o jogo, poucas palavras: foi um sufoco para vencer a modesta Costa Rica, gols nos acréscimos do segundo tempo. Parecendo até meu Bahia, rapá! 



 (Foto: REUTERS/Max Rossi)


quinta-feira, 21 de junho de 2018

"Prefiero vivir y perder que no haber vivido nada"

Saudade das postagens musicais. Esta é uma das músicas que mais gosto quando o professor coloca na aula de Zumba. Coloquei ela na minha playlist e de repente percebi que estava compreendendo a letra quase inteira sem a ajuda do Google!!!!! Para mim uma grande conquista, a audição sempre foi meu ponto fraco no estudo de outros idiomas. E quando as palavras começaram a fazer sentido, entendi porque sempre penso em você ouvindo esta canção. Andas en mi cabeza cada segundo!




quarta-feira, 20 de junho de 2018

O vídeo da russa não é um caso isolado

Esta semana foi divulgado nas redes sociais um vídeo onde um grupo de homens brasileiros que estão na Rússia acompanhando a Copa do Mundo de Futebol faz uma garota russa acompanhá-los em uma espécie de "cântico" sobre o órgão sexual feminino. A mulher, evidentemente, não conhece o idioma e fica ali, sorrindo, sem saber que está sendo ridicularizada e vítima de machismo. 

Consumo de bebida alcoólica não é justificativa para este e outros atos de violência contra a mulher. A cultura também não. O Irã é um dos países que menos respeita os direitos das mulheres e isto é socialmente aceito e naturalizado pelos princípios religiosos. E hoje vemos mulheres iranianas comemorando o fato de que, na Rússia, podem ir ao estádio torcer pela seleção - e com a liberdade de vestir a roupa que quiser e mostrar o rosto. 

O machismo é um problema social dos mais graves. Como também o são a homofobia, o racismo e toda e qualquer outra forma de preconceito. Eles violam os direitos humanos mais básicos - vida, dignidade, liberdade. Todos os movimentos de reação não querem inverter o papel de vítimas e algozes, querem apenas acabar com as distâncias e construir uma sociedade igual. 

O racismo é crime previsto em lei, mas esta só é aplicada quando o caso se torna público e causa grande comoção social (ou rebuliço nas redes sociais, se preferirem). Ainda assim, os bons advogados penais conseguem articular daqui e dali para que se consigam absolvições e penas mais brandas. E assim seguimos com negros, gordos, homossexuais, mulheres, nordestinos, dependentes químicos sendo agredidos diariamente. As coisas andam se naturalizando por aqui também. 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Os sete pecados capitais - episódio 4

Luxúria. Palavra originada do latim. Estaria na etimologia da palavra a associação da sensualidade com os latinos? Não seria algo de fato ruim se esta sensualidade não fosse apresentada como algo pejorativo - utilizada para reduzir as pessoas, sobretudo as mulheres, a um corpo objeto de desejo. Luxúria pode ser definida como o desejo egoísta por todo o prazer sensual e material, deixar-se dominar pelas paixões. Nas rápidas pesquisas que fiz para escrever estas linhas, a luxúria vista assim não é pecado. Torna-se quando há extremismo, excesso. 

Como diria o Sherlock Holmes "elementar, meu caro Watson". O segredo para tudo na vida é o equilíbrio. Quando há inclinações para mais ou para menos começam os problemas. Inclusive com os pecados capitais. A questão é que as religiões utilizam este "desajuste na balança" para defender a ideia de um ser supremo punitivo. Seja bom para não sofrer, não para ser feliz - é a regra. Quando você começa a pensar racionalmente as religiões, você se afasta de todas elas. 

Em todos os episódios da "série" sobre pecados capitais eu falei bastante de minha relação com o pecado, mas vamos admitir que luxúria é uma coisa íntima demais para uma exposição pública? Ainda mais com um tema tão cheio de tabus. Acredito que a luxúria é o pecado mais pecaminoso entre os capitais. E desde os tempos de Adão e Eva (para quem acredita que o mundo foi criado desta forma). O prazer sensual é algo saudável, faz parte da essência humana. Não há porquê ser condenado. Excessos precisam ser observados com calma apenas de trazem algum tipo de sofrimento para a pessoa, assim como em todos os outros pecados capitais. É a minha opinião. 

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Férias?

Entardecer de domingo e surge aquele pensamento de "estou de férias da faculdade"! A cabeça muito criativa começa a fazer planos de acordar tarde, ficar de pijama o dia todo, escolher um bom filme e aproveitar muito daquela companhia que você adora: a sua!!! Os dois minutos de felicidade acabam quando o lado racional grita "ei, você não está de férias do trabalho". Guarda os planos para o próximo feriado... 

Além de não estar de férias do trabalho, ainda aproveitei para fazer RPG (Reeducação Postural Global) e as aulas de Fitdance na academia. Tem também os cursos virtuais para concluir, as séries, os livros, a Copa.... Resumindo em uma imagem:

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domingo, 17 de junho de 2018

A Copa mal começou e já deixa ensinamentos

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A Fifa tem mais países membros do que a ONU e isto mostra a importância do futebol para o mundo. Nenhum outro esporte mobiliza socialmente com tamanha força. Eu adoro futebol, é um assunto sobre o qual me interesso bastante. Leio muita coisa a respeito: história, estatísticas, o esporte em si, as implicações culturais, econômicas, sociais... 

Copa do Mundo, para os amantes do futebol, é um acontecimento ímpar! Não estou acompanhando os jogos como gostaria, o jeito é ficar de olho nas notícias. E ainda que esteja nos primeiros dias, a Copa da Rússia já ensinou diversas coisas. Vamos a elas:

  1. A Rússia tem, em geral, regras sociais muito rígidas. Por exemplo, multar quem fala palavrão. 
  2. O fato de uma pessoa torcer para a seleção durante a Copa não significa que ela acha que tudo é maravilhoso no Brasil nem que é favor da corrupção. Significa, apenas, que ela gosta de futebol. O esporte é utilizado para fins políticos? Sim. Você percebe isso? Ótimo. Que tal orientar as pessoas que não desenvolveram senso crítico ainda ao invés de simplesmente julgá-las? Lembra que estamos em um país de muitas desigualdades inclusive no acesso à educação?
  3. Vestir a camisa da seleção não é adotar filosofia de corrente política. 
  4. A globalização trouxe consequências para o futebol também. Não tem mais seleção "bobinha". A prova é que o único favorito que venceu na estreia (França) precisou da colaboração da arbitragem. Brasil, Alemanha, Argentina e Espanha não tiveram a mesma sorte. Literalmente.
  5. O público, em geral, "adota" uma seleção durante a Copa. Ainda não apareceu o mascote desta, mas em geral é um time de pouca tradição. Tendemos a torcer para o Davi diante do Golias.
  6. A seleção da Itália perdeu o título de seleção mais bonita da Copa para a seleção do Irã. Parece uma agência de modelos. Cada close um suspiro... #somostodasira 
  7. Os grandes problemas do futebol são extra campo, mas isto não se resume a este esporte. As tramoias e falcatruas estão presentes em todas as modalidades, infelizmente. 
  8. Cada brasileiro escalaria uma seleção diferente da convocada por Tite. Nunca haverá consenso, mas se for campeão nenhuma crítica sobreviverá. Todos se tornarão heróis. 
  9. Qualquer time que entrar em campo contra a Alemanha ganhará um reforço de mais de 200 milhões de torcedores. Fato! O México foi apenas o primeiro.  
  10. A seleção não empolga mais como antigamente às vésperas da Copa mas basta se aproximar o primeiro jogo que as bandeirinhas são vistas em todos os lugares. 
  11. São João em ano de Copa sempre será melhor, mais animado, mais divertido. 
  12. Neymar é um bom jogador mas a imprensa faz ele acreditar que é melhor do que ele é. Não existe uma "neymardependência" na seleção, como insistem em nos fazer acreditar. 
  13. A camisa da Argentina está para Messi assim como a Kryptonita está para o Superman. 
  14. Cristiano Ronaldo já é o melhor jogador da Copa. Sem controvérsias. 
  15. Ninguém aguenta mais Galvão Bueno e o estilo "dramático" de narração, mas ninguém muda de canal ou baixa o volume da televisão. 
E vamos ver quantas lições mais a Copa nos traz (rima fonética, que fofo!)

sábado, 16 de junho de 2018

Doação de sangue

Entre a primeira e a segunda graduação eu tentei cursar Administração. Acabei não me identificando com o curso e abandonei. Não sou de desistir fácil das coisas nem das pessoas, por isto mesmo esta decisão só veio no terceiro semestre. E o que tem isto a ver com a doação de sangue? O curso era em uma universidade estadual (a da Bahia mesmo). A instituição de ensino não proibia o trote, pelo contrário, até estimulava. Hã???? Verdade!!! O trote para os calouros era uma gincana solidária, de participação voluntária. As equipes eram formadas por alunos de mais de um curso. Os meus colegas de Administração, por exemplo, reuniam-se aos de Química. 

Não sei se o trote permanece assim porque isto foi há muitos anos, mas eu acho uma iniciativa bastante positiva. As tarefas eram arrecadar donativos para instituições de caridade (alimentos, material de limpeza/higiene pessoal, brinquedos, material escolar e livros). Sempre alguma coisa ligada à responsabilidade social. Uma das tarefas era conseguir o maior número de doadores de sangue. Eu decidi faltar os dois ou três primeiros dias de aula justamente pelo trote (ainda não sabia como era). Quando eu cheguei para o (meu) primeiro dia de aula foi justamente no dia tarefa de doação de sangue. Os colegas me convidaram e eu fui até o centro médico. 

Estava aguardando e tentando criar coragem porque sempre foi um problema para mim tirar sangue para exames e eu imaginava que a doação seria tão traumática quanto (não é qualquer técnico de enfermagem que se entende com minhas veias e já passei por experiências horríveis). Um dos técnicos veio falar comigo e perguntar se eu faria a doação. Eu respondi que estava tentando criar coragem. Ele me perguntou meu tipo de sangue e eu respondi "A negativo". Foi então que ele me disse uma frase que eu nunca esqueci. "Você tem obrigação de doar. Somente 15% da população tem sangue negativo e destes 15% a maioria e tipo 'O''.". 

A responsabilidade destas palavras me encheram de coragem e eu fui passar pela triagem. Fui impedida de doar porque estava menstruada e prometi a eles e a mim que eu voltaria. Nunca voltei. Nunca fui a outro centro. A coragem daquele dia não mais voltou. Até porque durante estes anos já passei por mais experiências ruins com as agulhas. Dia 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue e as palavras daquele técnico voltaram a ecoar em meus ouvidos. Acho que é tempo de vencer novos desafios. Eu já faço doações de carinho, de dinheiro, de escuta, de atenção, de brinquedos, de alimentos, de sorrisos. Falta o sangue. Apareça, coragem!!!!


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sexta-feira, 15 de junho de 2018

É clichê, mas vale: o aniversário é seu, o presente é meu

Parece que foi ontem que me enchi de coragem e decidi entrar na aula de Zumba pela primeira vez. "Vamos lá ver como é isso ". Fiquei lá no cantinho, em uma posição estratégica para fugir em caso de emergência (leia-se se o pânico tomasse conta de mim). 

O coração estava mais acelerado do que carro de fórmula 1 e fiz um esforço enorme para não sair correndo e gritando "quero minha mãe". Já nos primeiros acordes da primeira música eu tive a certeza de que havia sido a pior decisão da minha vida. Não acertava um passo, não tinha ritmo, não tinha coordenação motora, não tinha fôlego. Tinha timidez de sobra, tinha medo de que rissem de mim, de pisar no pé de alguém, de cair. Tinha plana convicção de que todos me olhavam e pensavam "desiste, isso não é para você".

Não precisou nem chegar à metade da canção para eu pensar em desistir e quando eu ia fazer isso você olhou para mim, começou a guiar meus passos e me deu o maior dos incentivos: um sorriso! Resolvi continuar e aprendi com você muito mais do que passos de dança. Aprendi a confiar mais em mim, a rir dos meus erros, a não me preocupar com a opinião dos outros. Aprendi que a vida fica muito mais leve se você deixa a alegria conduzir seus passos. 

Hoje eu não me escondo mais no canto da sala (ok, as vezes me escondo nas fotos) e não foram poucas as vezes em que dancei do seu lado. Por tudo isso que no seu aniversário (e todos os dias) só tenho gratidão, carinho e muito orgulho de ser uma das #bapuruzetes. E só posso desejar tudo de melhor para a sua vida, sempre


A imagem pode conter: 12 pessoas, incluindo Andrea Caldas, Gísea Simões, Camila Leocádio e Geane São Pedro, pessoas sorrindo

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Netinho

A aula ontem na faculdade foi com o professor Ernesto de Souza Andrade Junior. Quem? Netinho, o cantor baiano que fez muito sucesso nos anos 90 comandando a Banda Beijo e depois em carreira solo. Lembra de "Ô Mila, mil e uma noites de amor com você..." ? Para alguns, "Netinho da Bahia", para diferenciar do "Netinho de Paula", que alcançou sucesso no mesmo período como vocalista do grupo Negritude Junior e, posteriormente, como apresentador de televisão. 

Voltando à aula com Netinho, hoje foi o fechamento de um dos componentes curriculares do semestre e os grupos apresentaram seminários. Um dos grupos levou o convidado especial para contar a experiência pessoal que viveu quando esteve entre a vida e a morte há alguns anos. Eu já tinha ouvido a história narrada pelo próprio protagonista em outras oportunidades, mas vê-lo ali, na sala, de pertinho, emocionado, trouxe  um ar de ineditismo ao relato. Não vou detalhar o que ele falou para não trazer spoilers (ele está com  um livro em fase final de preparação, aguardando apenas algumas questões judiciais para ser publicado - ele está sendo processado pelo médico a quem acusa como responsável pela prescrição do tratamento com anabolizantes que desencadeou a doença). 

As palavras dele trouxeram reflexões sobre a vida que talvez não estejam em nenhum dos livros que lerei até o final da graduação. Uma pena que tenha sido pouco tempo de exposição, porque certamente ele teria muito mais a contribuir com questões como o poder da mente, a importância do cuidado para os profissionais de saúde, o que realmente tem valor na vida, a superação da doença física e psíquica... Ele nos deu a palavra para fazer perguntas e eu, jornalista de formação, não consegui falar nada. E não foi aquela "paralisia" que se apresenta muitas vezes dante de uma celebridade, foi porque meu cérebro estava em alto grau de processamento das informações que ele trouxera. Além disto, eu teria perguntas suficientes para o resto do dia, mas não havia tempo para que ele respondesse - não consegui selecionar apenas uma . 

Vale a pena conhecer a história de Netinho porque, independente das razões que o levaram ao uso de anabolizantes (não cabe qualquer julgamento quanto a isso nem quanto a nada), fica o alerta para a utilização destes produtos. Além disto, nos mostra como a vida é frágil e merece ser vivida de uma única maneira: feliz! Há algumas entrevistas que conseguimos localizar na internet enquanto o livro não está à venda (algo me diz que será uma maravilhosa leitura). 

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Santo Antônio

A religiosidade do baiano é algo que me encanta, sobretudo pelo sincretismo. À exceção de algumas religiões cristãs neopentescostais mais fechadas, o que vemos é uma grande mistura. É uma fé gigantesca que abraça todas as formas de expressão de uma mesma divindade. Santo Antônio, por exemplo, que deveria ser homenageado hoje somente pelos seguidores da Igreja Católica - origem da crença. Entretanto, o que eu vi nas minhas redes sociais hoje foram vários espíritas saudando, agradecendo, louvando um dos santos juninos, o que ganhou a alcunha de "casamenteiro". 

Este fato me chamou a atenção porque, na Bahia, quando se fala em sincretismo religioso a associação imediata é Católico/Candomblé.  E isto porque os africanos trazidos pelos portugueses para serem escravizados no Brasil (maior vergonha de nossa história) "adaptaram" as próprias crenças para manterem vivas suas culturas e tradições. Assim, os orixás têm equivalentes entre os Santos Católicos e Santo Antônio seria o mais próximo de Ogum. E o Facebook está aí para provar que o sincretismo vai muito além da dualidade que mencionei. É muito abrangente. 

Qual a lição que fica? Que a espiritualidade é muito maior do que a religião. No final das contas, é ela, a espiritualidade, que importa. Acredito que o poder transformador é o da fé, mas da fé genuína, digamos assim. Eu questiono uma fé que se baseia em crença pelo temor de punições e é isto que as religiões, em geral, pregam. Aliás, eu questiono várias coisas nas religiões, por isto me afastei delas (falei um pouco sobre isto aqui).  E sigo respeitando quem pensa e age diferente. E encerro o dia sem uma vela, sem uma oração, sem um pedido ao "santo casamenteiro", ainda que solteira. Quer dizer, ainda não deu meia noite.... Dá tempo? Onde é que eu guardo velas mesmo? 

terça-feira, 12 de junho de 2018

Dia dos Namorados

Décimo segundo dia do mês de junho, dia dedicado aos namorados... Aquele clima de romantismo no ar, poesias, presentes, beijos apaixonados, declarações de amor, juras eternas. Todos os outros 364 dias do ano deveriam ser assim, bem no clichê "mais amor, por favor".  (Devo ter conquistado um fã-clube entre comerciantes com esta frase, mas não tive a intenção de estimular o consumo e sim de estimular o amor. No dia dos namorados e em todos os outros, para mim sempre foi mais importante a presença e não o presente. E eu acredito no amor em todas as suas formas). 

Pelo segundo ano consecutivo, não tenho companhia para o dia dos namorados. Pensei em não entrar nas redes sociais para evitar ver aquele rio de mensagens apaixonadas porque achei, sinceramente, que não lidaria bem com esta data. Foi quando lembrei que EU tenho o poder de decidir se isto será um problema para mim ou não. Resolvi ressignificar. Se é uma data para presentear quem você ama, então nada melhor do que presentear a mim mesma. Assim o fiz, no final de semana.  Outra estratégia que adotei foi recorrer ao humor. Um sorriso melhora tudo, de verdade. E assim, postei a mensagem abaixo em minhas redes sociais. Boa estratégia esta, porque mata dois coelhos com uma cajadada só (horrível este ditado popular violento com os coelhinhos, precisamos ressignificar isto também). Além de encarar com leveza a situação, ainda deixo claro a possíveis pretendentes que o caminho está livre e que eles podem se candidatar à vaga no meu coração. 

Devo corrigir a afirmação que encerrou o parágrafo anterior. Na verdade, não há vagas, há cadastro de reserva. Estar solteira é uma coisa, amar alguém é outra. Meu coração está ocupado mesmo que seja um latifúndio improdutivo. São muitos meses sem sentir seu cheiro, seus lábios, seu abraço, mas ainda é rotina que você seja meu primeiro pensamento ao acordar. Hoje não foi diferente. Eu decidi não sofrer, mas não consegui evitar de imaginar como seria passar um dia dos namorados inteirinho nos seus braços. Meu pensamento atraiu o seu, mais uma vez. Uma mensagem simples, um "bom dia, linda" que iluminou meu sorriso e deixou meu dia dos namorados mais feliz. 


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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Fim de um preconceito

Na segunda avaliação oral do curso de Espanhol este semestre teríamos que apresentar os pontos turísticos de um país da América Latina. E o país foi definido por sorteio. Minha primeira reação quando abri o papelzinho e vi escrito "Peru" foi de pensar que não usei o poder da mente o suficiente para sortear República Dominicana ou Colômbia, os dois que mais queria conhecer pessoalmente inclusive. E mais! Uma pergunta ficou em minha cabeça: por que logo o Peru???? 

A professora autorizou que fizéssemos troca de países entre nós, mas eu nem cogitei a possibilidade. Precisava descobrir o porquê minha mão tinha sorteado um país pelo qual não nutria a menor simpatia, pelo contrário. Primeiro, busquei o motivo para a minha antipatia pelo Peru e encontrei uma explicação plausível, boba e sincera. Estava julgando sem conhecer, apenas por uma associação com o prato natalino, o qual não aprecio em nada. 

E eu me permiti conhecer o Peru, ainda que virtualmente. Eu já sabia a origem do meu preconceito, e vi que eu só tinha um pré sem nem ter um conceito! Bastou ver um vídeo sobre pontos turísticos do país para eu lembrar da civilização inca e das aulas de história que eu adorava. O Peru tem uma história riquíssima, paisagens naturais belíssimas, mistérios... É minha cara!!! Surgiu um encantamento, admito. E tudo só foi possível porque eu me permiti conhecer.  Fica a dica!

domingo, 10 de junho de 2018

Se a vida te der um limão...

A vida é uma grande roda gigante, em alguns momentos estamos lá em cima e em outros estamos lá embaixo. Não há como se manter lá em cima o tempo todo, a descida faz parte da nossa evolução. Chegando à metade do ano, observo que a minha cabine está na parte baixa em alguns aspectos e na parte alta em outros, ou seja, tudo absolutamente normal. O segredo é não deixar que o aspecto que está na parte baixa contamine todo o resto. Falando assim, parece fácil, mas não é. Entretanto, não ser fácil não significa ser impossível. É só encher a cara de coragem e seguir em frente. 

Existe uma fórmula secreta para isso? Não faço a menor ideia. Só sei que esta foi uma noite de bastante reflexão para mim. Extenuada, física e mentalmente, eu lutei bravamente contra o sono porque achei um desaforo ele me vencer às 19h30!!! E foi nesta batalha que alguns lampejos de pensamentos vieram. Entre um cochilo e outro, várias coisinhas se encaixando, algumas lembranças que surgiram (não por acaso, óbvio)... Até que, enfim, o sono me venceu (ele sempre vence). E o processo continuou enquanto eu dormia. Uma noite reparadora de sono e um sonho transformador e eu acordo com a sensação de que sou uma borboleta saindo do casulo. Fantástico!

Neste momento de luta contra o sono, uma das coisas que queria fazer (e não fiz, diga-se de passagem) foi registrar no aplicativo do condomínio uma ocorrência sobre uma lâmpada piscando na garagem. Não o fiz porque lembrei da última vez que aconteceu a mesma coisa com uma lâmpada do elevador. Na ocasião, encontrei o síndico subindo ou descendo (este detalhe eu não lembro) e ele falou "É chato essa luz assim né? já solicitamos o reparo, mas a empresa só deve vir amanhã". Eu respondi "Tudo depende da forma como você encara as coisas, do poder que você dá a elas sobre você. É só colocar uma música legal no celular e transformar o elevador em boate". Ele riu e disse que era uma excelente lição para a vida. Agora a boate será na garagem. 

Essa lembrança fez toda a diferença. As minhas palavras agora diziam a mim mesma: "Tudo depende da forma como você encara as coisas, do poder que você dá a elas sobre você. É só colocar uma música legal no celular e transformar o elevador em boate" Então, querida cabine da roda gigante, prepare-se para subir novamente. Já estou ligando a música no celular (Alok, pode ser???) e nosso elevador vai se transformar em uma boate. Digamos que o sonho me deu algumas sugestões de playlist para essa guinada. Segue o baile! 

sábado, 9 de junho de 2018

You're still the one

Primeira música da minha playlist hoje. A versão que tenho é a que começa com os versos:

"When I first saw you, Isaw love
And the first time you touched me, I felt love
And after all this time, you're still the one I love"

Nada é tão perfeito para descrever o que você significa para mim. Bastaram os acordes iniciais da canção para que meu melhor sorriso se abrisse. Aquele que só você desperta, que transcende meus lábios e ganha o meu olhar. You're the still the one that I love. Como é bom sentir a conexão com você novamente e saber que o alicerce deste sentimento é forte o bastante para que nem o tempo nem a distância destruam. Não há melhor lugar no mundo do que nos seus braços. 


sexta-feira, 8 de junho de 2018

O poder da mente

Você pode acreditar ou não na força do poder da mente. Se eu não acreditasse, mudaria de opinião esta semana. Primeiro, o tema surgiu em uma aula de espanhol. Começou a chover bastante e brincamos que nosso poder da mente faria parar de chover. Funcionou e quase instantaneamente. Depois, em uma situação na faculdade. Estávamos sorteando a ordem de apresentação dos grupos em um seminário. Meu grupo não queria ser o primeiro, mas também não queria ser o último (até porque são 13 grupos!). Depois do quarto papelzinho aberto, eu falei para a menina que fazia o sorteio "está na hora de tirar meu grupo, pegue o número oito". E o próximo papel aberto foi o... oito! Acho que não preciso escrever mais nada. Encerro aqui.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Tudo que vicia começa com C... ou seria B?

Há exatamente um ano, eu acordava pensando em um texto do Luis Fernando Veríssimo que eu gosto muito (gosto muito de todos os textos dele que conheço, hehehe). Foi então que escrevi algumas linhas no Facebook sobre isso. Hoje, por alguma razão (nada é por acaso), eu acordo pensando novamente no mesmo texto! E quando pego o celular e abro o Facebook, qual não é minha surpresa em ver que a rede social me trazia o texto como lembrança. Incrível! 

Eu tinha que trazer para cá esta postagem! Até porque a paixão que eu achava (ou torcia) que estivesse acabando ressurgiu mais forte ainda. Contando os dias, as horas, os minutos para estar em seus braços novamente. Paraíso melhor não há. 

Olha o texto do Facebook aí (ignorem o nome do Luis com z, eu sempre fico na dúvida mas nem sempre olho antes).
Tem um texto do Luiz Fernando Veríssimo em que ele comenta que tudo que vicia começa com a letra C. Quando tenho aqueles picos de autoestima mega elevada (quase todos os dias, é verdade), fico pensando se foi por isso que minha mãe resolveu colocar o meu nome sem o Maria, como é mais tradicional. 🤔
O próprio Veríssimo diz, no texto, que nem tudo que começa com C vicia, ou estaríamos bem com o vício em cultura. Concordo plenamente, mas não preciso ser humilde 24h, preciso é do meu amor próprio. 😂
Hoje foi um destes dias em que este texto voltou a minha cabeça assim que acordei. Literalmente. Eu sei que o normal para a maioria das pessoas é levantar primeiro e ir acordando aos poucos. Estou na minoria que assim que abre os olhos pensa "hoje é terça, dia 6 de junho, e tenho tais e tais e tais atividades para fazer", enquanto desliga o despertador (que vai tocar cinco minutos depois). 🙈🙈
O pensamento seguinte foi o texto de Veríssimo, que me acompanhou até agora. E um pensamento leva a outro e a outro, e a outro. Parei para analisar sobre os meus próprios vícios e concluí que, por ironia do destino, nenhum começa com a letra C.
Aí resolvi olhar para a letra do lado, o B... Será? Banana, brigadeiro, borboleta, Bahia (o Estado e o time 😍) beijinho, beijos, beijões... Olha, isso faz mais sentido para mim. Grandes vícios que começam com a letra B. Vícios não, paixões. Paixões que fazem meu coração vibrar, sorrir e se entregar por completo. Paixões que provocam brilhos intensos nos meus olhos, que despertam meus sorrisos mais iluminados. Paixões ❤️💕❤️
Nem vou escrever o restante dos pensamentos aqui para não ficar um textão sem limites (se virar filme facilita, né? Alô, Hollywood, vamos negociar? )... Encerrar por aqui não significa que não vou escrever sobre eles em algum outro lugar. Quando as minhas ideias estão parecendo uma montanha russa, é o ato de escrever que vai organizando tudo e transformando em um lindo e perfeito carrossel (até que um cavalinho se desprenda e comece tudo de novo).
Então pronto, terminemos por aqui. Desculpa se você leu até aqui e não entendeu nada. 🙄 Talvez a intenção fosse essa mesma.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Dia mundial do meio ambiente

Infelizmente a foto abaixo não foi produzida com aplicativos que editam imagens. É real. E há milhares de outras como esta que sequer foram registradas. São toneladas de lixo descartadas de qualquer maneira e danos irreparáveis ao meio ambiente diariamente. E quem tenta alertar sobre os perigos ainda é rotulado de "ecochato". A responsabilidade com o planeta é de todos nós e não é porque "ninguém faz nada" que não vamos fazer também. Se todos pensarem assim, não vai acontecer nada mesmo, ou melhor, vai acontecer sim: o fim. 

Imagem relacionada


Precisamos repensar nosso consumo e aplicar a regra dos 3R: reduzir, reutilizar e reciclar. Há muitas pequenas atitudes que podemos adotar/modificar que fazem muita diferença. Esta semana, por exemplo, comprei uma ecobag e deixei no carro. Com isto, a quantidade de sacolas das minhas compras no supermercado certamente diminuirão bastante. Também separo o lixo reciclável, o prédio onde eu moro fez um acordo com uma cooperativa de catadores e eles vêm buscar periodicamente o material que separamos. Além de contribuir com o meio ambiente, ainda geramos renda. Claro que iniciativas como esta do condomínio facilitam, mas sempre há um ponto de coleta na cidade. Dizer que não tem tempo não é desculpa, sempre encontramos tempo para tudo. 

Reduzir a quantidade de "alimentos" industrializados também é uma boa pedida. Além de melhorar a saúde sem tantas substâncias nocivas no organismo, reduzimos a quantidade de latas, vidros e potes de plástico/ PET na lixeira (ou melhor, no recipiente de coleta de recicláveis!). 

Reduzir o tempo no banho, fechar a torneira enquanto escova os dentes, ensaboar a louça toda de uma vez, utilizar sempre a capacidade máxima da máquina de lavar, juntar toda a roupa possível para passar de uma única vez, reutilizar a água da lavagem de roupas para lavar o chão da casa, trocar as mangueiras pelos baldes e várias outras coisinhas pequenas que fazem enorme diferença. Tudo é uma questão de hábito. Eu faço isso tudo, exceto a parte de reutilizar a água da máquina de lavar (o encanamento de onde moro agora não permite mais isso). Não sou melhor do que ninguém, se eu consigo, todo mundo pode fazer também. É uma questão de consciência. 

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Youtube

Não sou inscrita em muitos canais do Youtube. Pelo contrário. Alguns até costumo visitar com uma certa frequência, outros deixei de acompanhar, mas três canais me trazem sempre boas reflexões. O primeiro eu conheci por acaso, com um link patrocinado no Facebook (nutricionista Jéssica Ribeiro), o segundo também conheci por acaso, pelo vídeo que uma amiga compartilhou no Facebook. E o terceiro? Ah, também foi por acaso, uma indicação de um vídeo feita por minha terapeuta. Só que nada nesta vida é por acaso. 

Para quem quiser conferir, os links:

domingo, 3 de junho de 2018

O que a greve dos caminhoneiros ensinou ao Brasil?

Foram muitas as lições. Algumas (para mim) são apenas "revisões" de aulas passadas, mas ainda assim é bom mencionar para fixar melhor o aprendizado. 

  1. A força do WhatsApp - a mobilização foi feita nos grupos de caminhoneiros no aplicativo de mensagens instantâneas. Uma mensagem ganha o Brasil em cinco minutos, ainda que não se identifique a origem dela. O "zap" também foi utilizado nas negociações. Obviamente, também há o lado ruim: o fenômeno "fake news" e a ampliação do pânico entre a população. Parte da crise de desabastecimento teria sido evitada se as pessoas não corressem para estocar suprimentos diversos. As eleições estão chegando, em tempos de WhastApp. Promete!
  2. O modelo de representação sindical precisa ser repensado, está perdendo força. Os verdadeiros líderes do movimento não estavam nas instituições "oficiais" de representação - os sindicatos. Em outras categorias e greves também podemos perceber uma articulação com lideranças mais pulverizadas, mas é um fenômeno ainda inicial - muitos sindicatos ainda têm muta representatividade. De qualquer forma, reciclagem é sempre bom (em todos os sentidos).
  3. Há muitas profissões invisíveis no Brasil. E muitos aprenderam a importância dos caminhoneiros nesta greve. Em um país onde o transporte de mercadorias é quase exclusivamente feito por rodovias, é paradoxal que não se valorize os caminhoneiros. Também não valorizamos várias outras categorias mas quando uma delas faz greve torna-se visível! Até voltarem ao trabalho, claro. 
  4. Manter a calma em situações adversas é fundamental. Parar, respirar, raciocinar, buscar soluções inteligentes. 
  5. É inconcebível que um país com tantos rios navegáveis e com tanto potencial para manutenção de uma malha ferroviária eficiente ainda dependa quase que exclusivamente das rodovias para escoar a produção. A quem isto interessa, mesmo?
  6. Não há movimento social desprovido de política. De partido político é possível que haja, de ideologia política não. Definitivamente não.
  7. A corrupção é uma cultura forte no Brasil e não apenas entre os políticos. Com pouco combustível nas bombas, vimos notícias de pessoas presas por "furarem" a fila de abastecimento com carros oficiais falsos ou ambulâncias que enchiam o tanque para repassar a gasolina a carros particulares ou amigos de autoridades e donos de postos que não tiveram problemas para abastecer... Enfim, não faltam (maus) exemplos. 
  8. É preciso verificar a veracidade de uma informação recebida no WhastsApp antes de sair repassando. Seja ela qual for. 
  9. Seja lá qual for o assunto, vai ter meme na internet em poucos minutos. 
  10. Esta mesma criatividade foi utilizada para a substituição de legumes e temperos durante os dias da greve. Teve quem ficou triste com a normalização do abastecimento porque não vai ter mais esta desculpa para não comer salada. 
Pode até ser muita areia para o caminhão transportar, mas aprendemos que é bom que ele esteja à disposição - ainda que precise fazer mais de uma viagem. 

sábado, 2 de junho de 2018

Acho que este texto vai surpreender alguém... mesmo que este alguém seja eu!

Resolvi escrever para você, que procura amizades eternas. Serei eu uma delas? Cabe um sim como resposta, cabe um não, então escolhamos um talvez. Deixemos que o tempo aja e que se cumpra o destino (do jeito que eu acredito nele, com as nossas escolhas sendo protagonistas do enredo). Você que gosta da interferência do acaso colocando pessoas na sua vida. Você que nunca vai entender (e assumir) que gosta de conversar com alguém que escuta MC Kevinho, Léo Santana e Harmonia do Samba - vou confessar, não é somente uma estratégia para não dormir quando preciso dirigir à noite e nem repertório das aulas de FitDance, quando estou limpando a casa também gosto. 

Você conhece mais de mim do que eu de você e isto não me incomoda. No começo era divertido ver você tentando me colocar no divã e eu resistindo, lhe dando pistas para descobrir o grande enigma que (penso que) sou. Não foi premeditado nas primeiras conversas, isto é espontâneo em mim. Depois de um tempo tornou-se premeditado sim. Respostas pensadas, milimetricamente calculadas. Uma pecinha do quebra-cabeças por vez. Eu não tinha tanta curiosidade em conhecer você, mas tinha muita curiosidade em saber os motivos da sua curiosidade sobre mim. Seria eu um bom objeto de estudo? De uma coisa tenho certeza, minha autenticidade é o que você mais admira em mim. 

Aprendi muitas coisas com você, e não estou falando apenas nas dicas para escolher uma boa seguradora para o veículo. Aprendi a gostar de você, por exemplo. Aprendi sobre mim também, nas diversas vezes em que me reconheci em tudo ou não me reconheci em absolutamente nada do que você dizia perceber sobre mim (errou mais que acertou, mas agora o blog facilita e muito a sua vida de "caçador de mim"). Era (e continua sendo) divertido e desafiador tentar ler as suas entrelinhas. Acredito que você nunca admita que tentou me colocar no divã (no sentido terapêutico da expressão), mas eu percebi a estratégia. Algumas vezes as entrelinhas continham pequenas confissões. Quando eu quis, eu fui sozinha até o seu divã, embora eu ache que sempre levanto antes da sessão terminar... 

Enfim, pode-se dizer que o Doutor conquistou um espaço no coração da Toninha. Não é amor de amante, amor romântico, amor platônico, é amor de amigo, fraternal, sem luxúria. No divã, fazer  apenas terapia. Tive a certeza de que gosto de você no dia do que chamo de "ataque de fúria", quando fiquei absolutamente triste com a possibilidade de você se afastar de mim e, pior, com a possibilidade de eu ter causado feridas na alma! Estas, algumas vezes, não cicatrizam nunca. 

Acho que consigo imaginar você lendo estas linhas. Seria pós aula de natação daquelas em que não se sente as pernas? Primeiro, o espanto. Eu???? Sim, você!!!! Alguns minutos pensando nas razões da postagem (esquece, nem eu sei). Depois, uma leitura rápida, talvez outra mais aprofundada e algumas anotações no meu "prontuário". Um sorrisinho no canto da boca, uns acordes perturbadores para os vizinhos e o pensamento de que este texto deveria ser escrito depois de uma conversa à beira mar, regada a vinho enquanto o sol se põe. Sem chance, eu não gosto de vinho. 

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O riso dos outros

Se há uma coisa que eu gosto de fazer nesta vida é sorrir. E rir, também. Sempre gostei de comédias e shows de humor. Entretanto, há alguns anos, comecei a achar que havia algo de errado comigo porque poucas coisas me faziam rir, mas eu me considerava ( e considero ainda) uma pessoa alegre e feliz. Pessoas alegres e felizes sorriem e riem, não? Então, o que havia de errado comigo? Percebi esta mudança durante o casamento. Talvez um pouco antes, na fase de namoro ainda. 

Meu ex-marido gosta e tem o hábito de ver muitos vídeos, séries e filmes na internet. Muitas vezes, ele estava vendo alguma coisa e gargalhando. Normalmente ele me chamava para ver ou eu perguntava o que era tão engraçado. Ele me mostrava as piadas ou esquetes humorísticas e ria novamente, mas eu, muitas vezes, permanecia séria e dizia apenas "não achei graça nenhuma". Quando isto começou a ficar frequente, ele começou a reclamar que eu não tinha senso de humor. E eu comecei a me perguntar se ele estava certo quando fazia esta afirmação. 

Concluí, inicialmente, que o meu humor estava se tornando bastante sofisticado, exigente. Acredito que há uma certa verdade aqui. Depois, pensando mais sobre o assunto, descobri de quais piadas eu não conseguia rir. Eram daquelas que diminuíam pessoas. Um acontecimento poderia ser o meu "eureka" em relação a isto. A infeliz ideia de fazer uma piada sobre loira com uma amiga loira. Ela me perguntou se eu achava mesmo que ela não era inteligente por causa da cor do cabelo. Não, muito pelo contrário. É uma das pessoas mais inteligentes que conheço. Ainda tentei brincar dizendo que era uma exceção porque é naturalmente loira e ela me fez uma nova pergunta: a tinta para cabelo tem mesmo o poder de modificar o QI de alguém?  E então eu percebi o quanto eu estava sendo preconceituosa e ridícula. E era deste tipo de piada que eu não mais conseguia achar graça. Nem as de português, nem as de loira, nem as de nordestinos, mineiros, gordos, gays, mulheres, negros... 

Durante uma aula esta semana, uma professora exibiu um documentário chamado "O riso dos outros", que faz uma análise sobre os limites do humor - com foco nos shows de "stand-up comedy" (quando o humorista se apresenta sozinho, sem cenário, com texto e piadas de própria autoria). É um filme brasileiro, produzido logo após o atentado terrorista que vitimou fatalmente cartunistas do Charlie Hebdo (jornal francês) e dividiu opiniões no mundo inteiro. O ataque teria sido motivado pelas frequentes charges que envolviam a religião muçulmana. 

Há limites para o humor? Sim, e muitos limites. O humor é para rir com alguém e não de alguém. Ria de situações, de fatos, não de pessoas. Gostei bastante do documentário, das reflexões e questionamentos que trouxe. Pode ser encontrado facilmente no Youtube. Recomendo!