sábado, 28 de julho de 2018

Caranguejo

Quando você senta para fazer uma refeição e o cardápio te impulsiona a filosofar. O que foi servido? Caranguejo. Alguém, algum dia, teve a ideia de pegar aquele crustáceo não muito simpático, cheio de garras afiadas, que vive na lama, e experimentar. E hoje, não sei quanto tempo depois, o animal tem que ser defendido por uma lei que proíbe a captura predatória no período de reprodução, a fim de que as espécies sejam preservadas, ou seja, o caranguejo caiu no gosto popular. No Nordeste, é um dos pratos mais consumidos, principalmente para acompanhar a cervejinha que ajuda a melhorar o calor do verão. 

Não é tão simples comer caranguejo. Há técnicas para a captura, transporte, limpeza, cozimento e até para saborear a carne. Eu não tenho muita habilidade, mas certamente a desenvolveria se fosse um dos meus pratos favoritos (o que não é o caso). E enquanto eu ouvia cuidadosamente as explicações da minha amiga sobre o preparo da refeição e as instruções sobre como quebrar a carapaça do bichinho, fiquei pensando que esta dificuldade pode nos afastar dos caranguejos. E das pessoas também. Aquelas que não são muito simpáticas, que estão escondidas embaixo de uma carapaça, vivendo na lama, também podem nos surpreender positivamente. Por que não acreditar neste potencial também?

Nenhum comentário:

Postar um comentário